quarta-feira, 19 de junho de 2013

AFC Champions League - Grupo D



Time Base:


Treinador: Amir Ghalenoei


Campeão nacional oito vezes e seis vezes campeão da copa do Irã, o Esteghlal já conquistou a AFC Champions League em duas oportunidades, 1970 e 1991. Foi vice campeão duas vezes, 1992, 1999 e também foi o terceiro colocado por duas vezes, 1971 e 2002. Ou seja, é um clube tradicional na competição e sempre que entra vem para tentar abocanhar o título. É o maior time do Irã, rivaliza muito com o Persepolis, outro gigante de Teerã. Por isso é um dos clássicos mais incríveis do futebol mundial, o estádio Azadi, que tem capacidade para 100 mil pessoas fica lotado, numa atmosfera incrível.

E para partir em busca do terceiro título continental a cúpula do Soberano, foi atrás de Amir Ghalenoei. Como jogador defendeu o clube por oito temporadas na década de 90, como treinador já tinha uma passagem pelo clube, treinou o time por três anos antes de assumir a seleção nacional em 2006. Depois de uma rápida passagem em 2008/2009, fez bons trabalhos nos ascendentes Sepahan e Tractor Club, levou ambos a disputar a LC. Experiência não falta a ele que é um dos melhores treinadores do país, elenco para fazer bonito o time símbolo do poder iraniano tem.

No gol quem tem a confiança de Ghalenoei é Mehdi Rahmati, com 30 anos, o experiente goleiro tem sido nome certo na seleção do país que está bem vivo nas eliminatórias asiáticas. Os jovens Hossein Hosseini (20) e Hadi Rishesfehani (21) são as outras opções. O australiano Liam Reddy deixou o clube, retornando para seu país, onde defenderá o Sydney United, clube ainda amador no futebol local. Na lateral-direita Khosro Heidari é titular absoluto e volta e meia está na seleção. Quando não pode jogar o meio campista Pejman Montazeri é deslocado para a direita. Mas normalmente eles costumam jogar juntos, Mantazeri cobre as decidas do camisa 2. 

A dupla de zaga é formada por Amir Sadeghi e Hanif Omranzadeh, que são altos e fortes, principalmente o segundo que tem 1,94 e esteve defendendo a seleção nas eliminatórias atuais, assim como seu companheiro na defesa. Na esquerda o titular absoluto é Jlloyd Samuel, trinitino (ou trinitário/tobaguiano), que construiu toda a sua carreira no futebol inglês, foram nove anos vestindo a camisa do tradicional Aston Villa. Samuel demorou a aceitar defender seu país natal, disputou as eliminatórias da Concacaf em 2010 com a seleção de Trinidad & Tobago. Das raras vezes que ele não joga quem entra é Hassan Ashjari, que por ser versátil é a primeira opção para fazer as duas laterais ou até mesmo jogar na zaga. Em casos extremos Montazeri quebra uma por ali.

No entanto, o primeiro nome utilizado por Ghalenoei quando a dupla selecionável não joga é Hashem Beikzadeh, que porventura também joga na seleção iraniana. No meio-campo Ali Hamoodi, que é zagueiro de origem, é o volante encarregado de começar a destruição das jogadas adversárias. Um pouco mais a frente, à direita, o versátil Montazeri aparece. Os dois se desdobram na marcação dando mais liberdade aos responsáveis pela criação. Um deles é Javad Nekounam, um dos jogadores mais conhecidos do país, desde 2004 é presença certa na seleção, pela qual disputou a Copa de 2006, na Alemanha. Depois de seis anos jogando no Osasuna, da Espanha, retornou para seu país e veste a bela camisa azul do Esteghlal.

Mojtaba Jabari é o camisa 8, capitão e ídolo da torcida, já está no clube há dez anos, com dois breves empréstimos durante todo esse tempo. Aos 29 anos, é colega de Nekounam a serviço do Team Melli (time do Povo), apelido da seleção. O boliviano Vicente Arce pode ser considerado o décimo segundo jogador do time, entra constantemente. Arce começou sua carreira no Mercer Bears, clube da Universidade de Macon, Estados Unidos. Jogou no Vancouver Whitecaps, do Canadá, passou pelo Aurora, de sua terra natal e depois de dois anos no Diósgyőri, da Hungria, chegou ao Esteghlal. Só o futebol mesmo para proporcionar uma vida assim, carreira pitoresca que merecia ser contada! 

No ataque residem as maiores dúvidas de Ghalenoei, tanto que Farhad Majid, aos 37 anos ainda tem jogado uma bola redondinha, até por isso tem sido chamado para seleção. Arash Borhani no começo da carreira era presença certa na seleção, com o tempo não evoluiu como o esperado. Aos 29 anos anos ainda é um dos principais atacantes do país. Siavash Akbarpour veste a pomposa camisa dez, um dos destaques  no Tractor Club, foi indicação do treinador, que o conhece bem. O grandalhão Farzad Hatami é o típico trombador matador, que também fez gols importantes na campanha que classificou o Tractor para a atual edição da CL asiática. 

Como o Esteghlal perdeu seu antigo camisa dez e principal atacante, Iman Mousavi tem feito a torcida não se lamentar com a falta de Milad Meydavoudi. Outra perda sentida antes do início da competição foi Ferydoon Zandi, o bom meia canhoto, nasceu na Alemanha, mas nunca perdeu os laços com o país de seus pais. Até por isso jogou a Copa de 2006, curiosamente disputada em seu país natal. Com um time experiente, média de altura em 1,83 m e média de idade em 28,73 anos, o time pode ser considerado moderno para o tipo de futebol que se joga atualmente. Aliando técnica e força física, quem sabe o Esteghlal não chegue ao seu terceiro título? As cenas do próximo capítulo dirão! 



Time Base:


Treinador: Zlatko Dalić

Doze vezes campeão nacional, o Al Hilal é um dos gigantes da Arábia Saudita, que por sinal expande sua grandeza para fora do país. Bi campeão da Liga dos Campeões Árabes, Bi campeão da Copa dos Campeões do Golfo e Bi campeão da AFC Champions League, os títulos do Al-Zaeem falam por si. Uma Recopa e uma Supercopa árabe, Bi campeão da Recopa e da Supercopa asiática, o apelido de "O Patrão" cai como uma luva. O time tem a maior torcida da Arábia Saudita, é considerado o "clube dos príncipes". Em 7 de novembro de 2009, Nawaf Al Abeid, hoje um dos principais jogadores do time, fez o gol mais rápido da história do futebol. Na época ele ainda jogava no time sub-23, havia sido recém promovido ao time principal. Foi contra o Al Shoalah, pela Copa do príncipe Faisan Bin Fahad. Assim como Fred, atacante brasileiro que até então era o dono da marca, Al Abeid chutou do meio-campo após seu companheiro dar um leve toque na bola. Veja a como foram os dois gols aqui e aqui!

E para buscar seu terceiro título continental a diretoria foi atrás de Antoine Kombouaré, que após deixar o Paris Saint-Germain, aceitou o convite dos xeiques. Mas de forma inexplicável seu trabalho por lá não durou muito, talvez por alguma disparidade de opiniões. Cá entre nós, o currículo de dele, que descende da Nova Caledônia, país da Oceania, não é muito vasto. Sua maiores conquistas foram a Copa da França de 2009/2010 com o PSG e um título da Ligue 2, segunda divisão francesa, em 2005/2006 a serviço do  Valenciennes. Que de lá pra cá consegue se manter na Ligue 1 sem maiores problemas, com certeza os torcedores são gratos a Kombouaré. Para seu lugar buscaram o croata Zlatko Dalić, que fez bom trabalho no Al-Faisaly nas duas últimas temporadas. O treinador de apenas 46 anos tem um grande desafio, se não agradar, os xeiques cheios da grana podem se irritar rápido e chutá-lo. 

Para a temporada atual o Al-Zaeem perdeu jogadores importantes, mas soube repor muito bem as peças perdidas. Na defesa saiu o senegalês Kader Mangane, chegou o experiente brasileiro Ozéia. No meio o francês descendente de marroquinos Adil Hermach deixou o clube e rumou para o Toulouse, para seu lugar chegou o colombiano Gustavo Bolívar. Ahmed Al Fraid acabou se transferindo para o Al Ittihad, outro grande clube saudita. Quem defende a meta é Abdullah Alsdairy, jovem de apenas 21 anos revelado no próprio clube. Desbancando Hassan Al-Otaibi, de 33 anos, que fez alguns jogos com a seleção saudita nas atuais eliminatórias para a próxima Copa.  Sultan Al-Bishi é o dono da ala direita, já que o time joga com três zagueiros. O trio é formado por Abdullah Al-Zori, Majed Al-Marshedi e por Ozéia, pela ala esquerda joga Nawaf Al-Beid. Yasir Alshahrani costuma entrar quando Dalić muda o esquema ou prefere um jogador mais defensivo.

Completando o meio, Salman Al-Faij e Bolívar ficam mais na contenção, mas o colombiano tem liberdade pra chegar ao ataque. Um pouco mais a frente, joga Mohammad Al-Shalhoub, com a mítica camisa dez. O baixinho de apenas 1,63 m é ídolo da torcida, só defendeu este clube durante seus 15 anos de carreira. Aos 32 anos, ainda tem lenha para queimar. Disputou duas Copas com a seleção saudita, 2002 e 2006, capitão do time, só perde essa honra quando Al-Qahtani pega a braçadeira. Em 2006 Shalhoub era o jogador mais baixo entre todos os atletas presentes no Mundial, felizmente, no futebol tamanho não quer dizer muito. Quem costuma forma a dupla de ataque com "The Sniper" Al-Qahtani  é o brasileiro Wesley, canhoto, o jogador revelado pela Ponte Preta não é intocável. O sul-coreano Yoo Byung-Soo entra no lugar do brasileiro em várias oportunidades. Só que ambos foram atropelados por Salem Al-Dawsari, o jovem de apenas 21 anos disputou o Mundial Sub-20 em 2011, meia de origem, consegue jogar como atacante utilizando sua velocidade. Cria do Al-Zaeem, já vai para sua quarta temporada no time principal.

Resta saber se esse elenco será capaz de suportar a pressão por mais um título continental.


Time Base: 


Treinador: Aurelian Cosmin Olăroiu

Campeão nacional nove vezes em sua história, o Al Ain também venceu as inúmeras copas existentes nos Emirados Árabes Unidos. Podemos considerar o time o mais bem sucedido do país, até porque pertence ao mesmo grupo que comprou o Manchester City. Seu presidente é Mohammed Bin Zayed Al Nahyan, um dos homens mais ricos do mundo. Fundado em 1968, o Al Ain foi campeão da Copa dos Campeões do Golfo em 2001 e Campeão da AFC Champions League em 2003. 

Como não podia ser diferente, sempre entra com a intenção de ganhar o título. E para comandar o time contrataram o romeno Aurelian Cosmin Olăroiu, que já vai para sua segunda temporada no clube. Campeão romeno na temporada 2005/2006 no comando do Steaua, maior clube do país, venceu também a Supercopa local na temporada seguinte. Olăroiu tem experiência no futebol do Oriente Médio, onde já treino o Al Hilal, da Arábia Saudita e o Al Sadd, do Catar. Ficou dois anos em ambos os times. Atual campeão nacional, o Al Ain espera poder voltar a brilhar internacionalmente.

O goleiro mais utilizado como titular pelo treinador romeno é Dawoud Sulaiman, ainda que Mahmoud Al Mas tenha sido o dono da meta em muitas oportunidades, pesa em seu favor a maior experiência, pois apesar de ter apenas 23 anos, Sulaiman defendeu a seleção recentemente. Abdullah Sultan e o antigo selecionável Waleed Al Badrani são as outras opções no elenco. Na defesa estão os maiores problemas do time, lá as mudanças são constantes. Olăroiu é um treinador bastante ofensivo, não tem medo de escalar um time com vocação para balançar as redes adversárias. 

Pela direita Khaled Abdulrahman é o lateral direito, mas não é titular absoluto, Yaqoub Al-Hoseni e Mohamed Ahmed também jogam por ali. O segundo deixou o clube, rumou para o Al-Jazira, o terceiro é zagueiro central mas se necessário vai de lateral numa boa. Quando Mohamed Ahmed está na lateral, a dupla de zaga é formada por Ismaeel Ahmed e Mohnad Salem. Faris Jumaa e Mohammed Salem se revezam pelo lado esquerdo. No meio-campo o romeno Mirel Rădoi e Ali Al Wahiby têm a função primordial de marcação, mas ambos possuem qualidade com a bola. 

Sem ela, os dois marcam firme, tudo para deixar Omar Abdoulrahman preocupado apenas com a criação das jogadas. O camisa dez tem apenas 21 anos, possui muita habilidade na perna esquerda e tem uma vasta cabeleira estilo Marouane Fellaini. O experiente Helal Saeed, de 36 anos, quando entra no meio-campo tem moral, tanto que nesses casos acaba sendo o capitão. O ataque não tem nenhum jogador específico de área, o congolês Ekoko joga centralizado, mas como futebol não é pebolim, tem liberdade para cair pelos lados, quando isso acontece o ganês Asamoah Gyan centraliza, mas gosta de jogar pela esquerda, para cortar e bater firme para o gol. Pela direita o australiano Alex Brosque tem liberdade, mas sem a bola ajuda muito na marcação. 

Quando um dos três não joga quem entra é Mohammed Abdoulrahman, que também substitui seu xará mais habilidoso quando este não pode jogar. No fim dos jogos Olăroiu sempre lança Yousef Ahmad, jovem de apenas 19 anos. O senegalês Djim N'Gom nem ao menos tem ficado no banco, salvo alguma contusão grave, o jogador revelado pelo Olympique de Marseille é boa opção de velocidade. Resta saber se o time conseguirá seu segundo título continental. O que será que vai acontecer?



Time Base: 


 Treinador: Diego Aguirre

O Al-Rayyan Sports Club foi fundado em 1967, após uma fusão com o Nusoor Club, então outro clube da cidade. Sete vezes campeão da Liga do Catar, o Leão teve grande hegemonia nos anos 70 e 80, quando só Al-Arabi e Al-Sadd conseguiam vez ou outra beliscar uns títulos. Mas em 1995 foi a última vez que o clube conquistou a liga nacional do pequeno país. Na última década, porém, conquistou inúmeras copas, das três que existem por lá, Copa do Emir, Copa do Príncipe e Copa do Sheikh Jassim. Essa é quinta participação do time na AFC Champions League, sua melhor colocação até hoje foi um terceiro lugar em 1992, quando só os campeões de cada país participavam. Tem também quatro participações na Copa da AFC, equivalente a Liga Europa, a segunda competição continental mais importante da Ásia. 

Para ganhar novamente a liga nacional e fazer boa campanha boa campanha no continental o Al-Rayyan foi atrás do uruguaio Diego Aguirre. Treinador que trouxe o Peñarol de volta as holofotes depois de muito anos no ostracismo. Fez ótimo trabalho ao levar os Carboneros até a final da Libertadores 2011 com um time limitado. Aguirre era treinador da seleção Sub-20 do Uruguai em 2009, no Sul-Americano e no Mundial da categoria. Esse treinador consegue revelar bons jogadores, tem talento para trabalhar com jovens promissores. Em seu currículo o título mais expressivo é da liga uruguaia com o Peñarol na temporada 2009/2010, logo após deixar a seleção. Os Xeiques tiveram boa visão, investiram num bom treinador, que já vaia para seu segundo ano no comando dos Leões. 

No gol o preferido de Aguirre é mais um africano naturalizado catariano, o guineense ou guineano  - como você preferir - Oumar Barry. O goleiro já está no país há seis anos, seu reserva imediato é da seleção do Catar, Saud Al-Hajiri. Na defesa o sul-coreano Cho Young-Hyung é o lateral-direito, a dupla de zaga é formada pelo brasileiro Nathan e por Musa Haroon, na esquerda quem joga é  Hamid Ismael. O brasileiro já está no Catar há três anos, não demora vai se naturalizar. Só que o treinador uruguaio varia muito seu esquema durante o jogo, passa fácil do 4-1-3-2 para o 3-5-2 ou até mesmo o 5-3-2, depende do adversário e de como o jogo s desenha. Logo a frente da defesa quem aparece é o uruguaio Álvaro Fernández. Logo a sua frente uma linha de três formada pelo guineense Daniel Goumou, o brasileiro Rodrigo Tabata e o brasileiro naturalizado catariano Fábio César.

Revelado pelo São Paulo, Fábio saiu muito cedo do Brasil para jogar no futebol italiano, por lá ficou por cinco temporadas, está há oito jogando no futebol do Catar, é um dos principais jogadores da seleção local. Canhoto, bom nas bolas paradas, muitas vezes atua como ala dependendo das variações do treinador. No ataque Nilmar é titular absoluto, ainda que não tenha um companheiro de ataque que seja titular indiscutível como ele. Ahmed Alaaeldin e Younes Ali se revezam na missão de forma boa dupla com o brasileiro. Quem pode ser considerado o 12º jogador, o coringa, é Mohammed Alaa Eddin, atacante de origem, muita vezes entra pelo lado direito do meio-campo ou até mesmo de ala. Ali tem 30 anos e possui larga experiência com a seleção nacional. Apesar de ser reserva, Jaralla Al Marri é outro atacante da seleção que costuma entrar e fazer seus golzinhos. Voltando ao meio-campo, Abdoul Al-Enezi é o xodó da torcida, o baixinho de apenas 1,61 m é rápido, arisco, típico velocista irritante. 

Se os Xeiques tiverem paciência, Diego Aguirre pode render muitos frutos, veremos o que acontece.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

AFC Champions League - Grupo C


Time Base: 


Treinador: Aleksandar Ilić

Fundado em 1937 como Al-Thaghar, o atual Al-Ahli é um dos maiores clubes da Arábia Saudita. Localizado na segunda maior cidade do país, Jeddah (Jidá ou Jedá em português), o time verde e branco já foi campeão nacional duas vezes. Ganhou a Copa da Coroa do Príncipe em cinco oportunidades e por dez vezes conquistou a Copa do Rei Árabe. Sem contar a Copa da Federação Saudita e a Copa dos Campeões sauditas, vencida três e uma vez, respectivamente. Os títulos internacionais mais importantes foram a Copa dos Campeões Árabes (1) e a Copa do Golfo (3). Na AFC Champions League a melhor colocação na história do clube foi na temporada 2011/2012, quando alcançou o vice campeonato, perdeu de 3 a 0 para o Ulsan Hyundai, da Coreia do Sul.
 
O Fortaleza de Troféus, como é chamado por seus torcedores, era treinado por Karel Jarolím, tcheco que tem como maiores feitos o bicampeonato com o Slavia Praga nas temporadas 2007/2008, 2008/2009 e o título eslovaco de 2010/2011 a serviço do Slovan Bratislava. Curiosamente, mesmo com os bons resultados na CL, ele acabou demitido. Para seu lugar veio o sérvio Aleksandar Ilić que já havia treinado o clube durante uma parte da temporada 2010/2011. Todo o restante da comissão técnica - inclusive o coordenador  - é formada por portugueses.  O Al Ahli tem muitos jogadores, a grande maioria, formados no clube, possuem identidade com o time que defendem, coisa rara no futebol atual tão globalizado. No gol, apesar de mais jovem, Abdullah Al Maiouf leva a melhor sobre Yaser Al-Moisalem, goleiro de 29 anos que disputou as eliminatórias para a Copa de 2010 e foi convocado algumas vezes nas atuais. 

 Na defesa o colombiano Jairo Palomino forma dupla com Waleed Rashid e Aqeel Al Sahbi e Mansour Al-Harbi fazem as laterais. Outro destaque defensivo é Osama Hawsawi, um dos principais jogadores não só do Al-Ahli, como da seleção local. Nascido em Ras Al-Khaimah, nos Emirados Árabes Unidos, cresceu na Arábia Saudita, por isso naturalmente optou por defender a seleção saudita. Canhoto, alto, joga como lateral esquerdo, quarto zagueiro e volante. Por essas qualidades esteve no futebol belga, onde defendeu o Anderlecht e seria campeão nacional na temporada 2012/2013, saiu antes, mas participou da conquista. Completando o meio, Kamil Al Mousa já vai para seu terceiro ano de clube e está na seleção saudita. Taisir Al-Jassim já está há dez temporadas no clube, é o capitão, tem muita moral, outro selecionável. 

Fechando a trinca, quem veste a dez é o brasileiro Bruno César, que depois de passar pela base do Bahia, do Palmeiras, do São Paulo e do Grêmio, quase viu sua carreira de jogador ir para o ralo quando defendia o Canoas Sport Clube. Depois de breve passagem pelo Noroeste, foi no Santo André que conseguiu se destacar e chamar atenção de um clube grande. Contratado pelo Corinthians no primeiro semestre de 2010, fez ótimo Campeonato Brasileiro nesse ano. O que chamou atenção do Benfica, que o levou para Portugal no primeiro semestre de 2011. Lá ele até que não foi mal, chegou a seleção brasileira principal com méritos. Curiosamente aceitou se 'esconder' no futebol árabe aos 24 anos. Dá até para entender a cabeça dele, dispensado de quatro clubes grandes do Brasil na base, optou mais pelo lado financeiro do que pela carreira. 

O ataque é formado por mais dois estrangeiros, o brasileiro Victor Simões, folclórico atacante bem conhecido da torcida do Botafogo e Imad Al-Hosni, que apesar de ter nascido em Khaberon, na Jordânia, defende a seleção de Omã, atual sensação das eliminatórias asiáticas. Um dos jogadores que os torcedores depositam mais expectativas entra com frequência no time, trata-se do meia Mustafa Al-Bassas, que disputou o Mundial Sub-20 2011, na Colômbia. O argentino Diego Morales chegou do Tigre, mas ainda não mostrou a que veio e pouco jogou. 

O Al Ahli tem um bom conjunto, a meta é chegar a final novamente, só que dessa vez para levantar o caneco!


 Time Base: 


Treinador: Habib Sadegh

Fundado em 6 de junho de 1979 como Al-Ittihad, que significa união em árabe, o Al-Gharafa foi rebatizado em 2004 para melhor representar o distrito ao qual pertence. Conquistou a liga do Catar em sete oportunidades, venceu a Copa do Emir seis vezes, ganhou a Copa do Príncipe do Catar e a Recopa do país uma vez cada. Sua melhor colocação na história da CL foi um terceiro lugar em 2002/2003, a melhor participação recente foi em 2010, quando chegou até as quartas. Paulo Silas, mais conhecido no Brasil pelo seu sobrenome, era o treinado do Al-Gharafa desde 2011/2012, depois de ganhar notoriedade no país treinando o Al Arabi SC. Hoje Silas é treinador do Náutico, que deve brigar para não cair no Brasileirão 2013. Para o lugar de dele chegou o francês Alain Perrin, que largou o comando da seleção do país para assumir o endinheirado time amarelo e azul de Doha. 

Perrin não durou muito no cargo, hoje o comandante é o tunisiano Habib Sadegh, que mudou um pouco o time. Com o técnico francês os estrangeiros eram titulares, inclusive os africanos naturalizados, Sadegh deu uma sacodida na rapaziada. No gol o titular é Qasem Burhan, está no catar há dez anos, presença certa na seleção do Catar. Seu reserva imediato é Abdulaziz Ali, experiente goleiro de 33 anos, disputou as eliminatórias para a Copa da África do Sul, em 2010. Mohammed Abdulaziz é o terceiro goleiro. A defesa é formada por Ibrahim Al Ghanim, lateral-direito da seleção. Por Meshal Mubarak, que apesar de ter apenas 1,69 também joga de zagueiro. Pelo ganês/sudanês George Kwesi e por Bilal Mohammed, um dos melhores zagueiros do país. 

No meio o volante pegador é o ganês naturalizado catariano Lawrence Quaye, que tem um pouco mais a frente o australiano Mark Bresciano e os brasileiros Alex, ex-Guarani, Internacional e Corinthians e Nenê, ex-Paulista, Palmeiras, Santos e PSG. No ataque Djibril Cissé por muitas vezes esteve muito isolado, ou tendo ao seu lado um meia improvisado, Jawad Ahnash. O Al-Gharafa liberou Diego Tardelli para o Atlético Mineiro, foi uma negociação difícil, mas no fim que sorriu foi a torcida do Galo. Outro atacante brasileiro liberado para o futebol brasileiro foi Edmilson, que formou uma bela dupla com Vagner Love no Palmeiras, quando o Verdão estava na Série B. Depois de oito anos no Japão, teve uma passagem pelo próprio Al-Gharafa, depois de um empréstimo ao FC Tokyo, retornou e agora está no Vasco da Gama. 

Como o leitor pode perceber, os xeiques não economizam para manter o time forte para disputar os títulos. Com as saídas dos dois atacantes brasileiros, chegou outro brasileiro, Afonso Alves, aquele mesmo convocado por Dunga após fazer inúmeros gols na fraca Eredivisie (Campeonato Holandês). Outras opções para fazer dupla com Cissé são o iraquiano Omar Mahmoud Khalaf, o sérvio Đorđe Rakić e Waleed Hamzah. Como o empréstimo do atacante francês acaba, não se sabe ao certo se ele fica, fato é que com certeza ele não vai querer retornar ao Queens Park Rangers, rebaixado na Premier League inglesa. Além de Afonso, outro reforço chegou, Harry Kewell, australiano que fez muito sucesso na Inglaterra, principalmente no Leeds United, no começo de sua carreira, quando formou dupla memorável com seu conterrâneo Mark Viduka. 

Outros estrangeiros do elenco são os bareinitas Huthaifa Al Salemi, Mohamed Bader Sayyar e o egípcio Yousief Ramadan, todos com menos de 23 anos. Ahmed Shami, Ali Juma, Majdi Siddiq e Fahid Al Shammari são outros nomes relevantes no time. A meta com certeza é o titulo, elenco não falta, resta saber se não teremos uma fogueira das vaidades num time com tantas estrelas.




Time Base: 


 Treinador: Zlatko Kranjcar

O Sepahan, da cidade de Isfahan, pode ser considerado a terceira força do futebol do Irã atualmente, quase sempre é um dos representantes do país na AFC Champions League. Fundado em 1953, o Sepahan foi a primeira equipe fora da capital, Teerã, a conquistar a liga nacional. Os grandes gigantes do país são os rivais Esteghlal e Persépolis. A melhor colocação do clube até hoje na CL foi o vice campeonato na temporada 2006/2007, perdeu para o Urawa Red Diamonds, do Japão. Apesar da derrota, conseguiu uma vaga para o Mundial de Clubes, tornando-se também o primeiro time do país persa a disputar essa competição. 

O time atual não possui grandes estrelas do futebol local, até mesmo os reforços estrangeiros não são tão conhecidos. A grande estrela do Sepahan está no banco, se chama Zlatko Kranjcar, que apesar de ter em seu currículo apenas duas Copas da Croácia, treinou a seleção do país na Copa de 2006. O também ex-treinador da seleção de Montenegro costuma escalar Shahab Gordan no gol. O guarda-redes é um dos encarregados a fechar o gol da seleção do Irã. Mohammad Sadeghi, de 24 anos,  é seu reserva imediato e o arqueiro Mohammad Naseri é a terceira opção. 

Na linha de quatro defensiva o titular pela direita é o baixinho Abolhassan Jafari, a entrosada dupla de zaga é formada por Farsheed Talebi e Mohamad Ahmad, na esquerda o dono da posição é o lateral da seleção Ehsan Hajsafi. O australiano descendente de sérvios, Milan Šušak, quando entra joga no lugar de Ahmad ou de Jafari, quando Kranjcar prefere armar o time mais defensivo ele entra no lugar do lateral. Moharram Navidkia é o volante da contenção, quando não joga Omid Ebrahimi faz essa função. Hossein Papi nem sempre é titular, mas entra bastante no time. Ahmad Jamshidian muita vezes tem a moral de ser o capitão do time. Quem é titular absoluto na armação é o albanês Ervin Bulku, importante demais para seleção de seu país. 

O jovem Amin Jahan Alaminan, de apenas 21 anos, tem ganhado oportunidades e não tem decepcionado os adeptos. No ataque Xhevahir Sukaj, conterrâneo de Bulku tem sido titular mais vezes, não que ele seja indiscutível, mas é quem mais joga. Ao seu lado quem joga é Mohamad Khalatbari, o rápido atacante de 29 anos é presença constante na seleção iraniana. Mohamad Gholami e o sérvio Radomir Đjalović são os outros atacantes que se revezam na missão da fazer os gols do Sepahan. De todo modo, duro vai ser enfrentar os petrodólares dos adversários nesse grupo. 

Será que vinga?



 Time Base: 


 Treinador: Walter Zenga

Em 1945 o futebol chegou a Dubai através de soldados britânicos que praticavam o futuro esporte mais popular do mundo. Batizado como Al Ahli, em 1960 o clube mudou sua nomenclatura para Al-Nasr, que significa vitória em árabe. Três vezes campeão da liga e da Copa nacional a Onda Azul quer crescer mais domesticamente e tem planos de ser um sucesso internacionalmente. Como você leu aqui, o Al-Nasr não economizou ao trazer Sven-Göran Eriksson para ser o coordenador técnico e Walter Zenga para ser o treinador. Inclusive até contratou jogadores indicados pelo ex-goleiro italiano, Morimoto e Mascara, pra ser mais específico. Só que o sueco resolveu aceitar a tentadora proposta ($$$) do Guangzhou R&F, da China, clube que treinará daqui para frente. 

Apesar dos investimentos, o material humano local ainda é muito ruim, falando tanto em termos técnicos como físicos, o jogadores são franzinos e ingênuos. A intenção clara do clube é trabalhar bem a base, até por isso muitos jovens estão sendo preparados não só para o clube, como também para a seleção, tudo em busca de melhorar o nível técnico visto por lá. No gol, Zenga escala Ahmed Shambieh, que tem apenas 19 anos e disputou o Mundial Sub-17 em 2009, na Nigéria. Seu reserva imediato é Abdulla Abdulghafoor, que também é muito jovem, 20 anos. O treinador italiano até tem uma opção mais experiente, Abdulla Moosa é rodado, tem 33 anos. Mas como a intenção é pensar no futuro, ele pouco joga. Outros três goleiros bem jovens fazem parte do elenco, exagero! Abdullah Hassan, Ali Al Amir e Belal Jumah precisarão de muita paci~encia até a oportunidade surgir.

Zenga gosta de um 3-5-2 tipicamente italiano, seus zagueiros preferidos são Helal Saeed, Mahmoud Darwish e Rashid Malullah, todos bem rodados no futebol local. Quando um deles não pode jogar os mais utilizados são Khaleefa Mubarak, Khamis Ahmed e Khaled Mohammed. Ahmed Moadhed é o cara responsável pelo primeiro bote no meio. Auxiliado por Essa Ali e Humaid Abbas, que deixam Léo Lima e Habib Fardan para criar. Abdulla Mubarak e Hasan Al-Mahazaa são os suplentes mais utilizados por Zenga no meio-campo. O ataque é formado pelo brasileiro Bruno Correa e o italiano Giuseppe Mascara, em várias oportunidades o treinador recuou Peppe e escalou Morimoto ou Ahmed Younis, sendo mais ofensivo. Hassan Mohamed e Jamil Hussain entram com menos frequência, jovens ainda, com certeza aprendem muito.

Vai, Al-Nasr!


quarta-feira, 12 de junho de 2013

Eliminatórias Copa do Mundo 2014 - CAF


Na África as definições ainda vão demorar a acontecer, estamos ainda na fase de grupos. Para que o leitor entenda, melhor explicar por que o regulamento mudou. Nas eliminatórias para a Copa de 2010, as 53 seleções filiadas à Fifa, das 54 existentes na África são separadas de acordo com suas respectivas posições no ranking da Fifa. Sendo assim, as seleções mais fracas disputavam uma fase preliminar. Os três classificados dessa fase se juntavam às outras seleções para o sorteio da primeira fase de grupos. Eram 12 grupos, 11 com quatro equipes e apenas um com três. Os 12 primeiros colocados e os oito melhores segundos colocados se juntavam para novo sorteio para a segunda fase de grupos. Nessa fase os cinco primeiros colocados se classificavam para a Copa. Egito e Argélia ficaram empatados em todos os critérios de desempate no Grupo C. Com isso foi necessário o play-off desempate em jogo único. E a Argélia levou a melhor nesse grande clássico do norte africano, a chamada África Árabe. Foi memorável! 

Nas eliminatórias atuais a fase preliminar é maior, o que é benéfico, pois assim acontece uma triagem natural.  Sendo assim, as 12 seleções classificadas, das 24 que disputam a fase preliminar se juntam às outras 28 para o sorteio da fase de grupos. Tudo dividido certinho, com cabeças de chave separados de acordo com o ranking da entidade máxima do futebol. Assim as 40 seleções foram divididas em dez grupos de quatro. Só que agora não existirá outra fase de grupos, apenas os primeiros colocados da atual fase de grupos se classificam para a terceira fase. Nela os dez classificados se enfrentam em jogos de ida e volta e os vencedores se classificam. Essa fórmula vai matar muita gente do coração, vai ser um Deus nos acuda. Com esse formato as chances de uma zebra acontecer são maiores. O futebol africano em si é uma incógnita, a melhor seleção do país hoje, pode não ser a melhor amanhã. 

Se a fase de grupos (segunda fase) terminasse hoje, Etiópia e Líbia seriam as maiores surpresas, nos outros grupos tudo dentro dos conformes. No Grupo A a África do Sul precisa melhorar para desbancar a Etiópia de Getaneh Kebede (foto). O Grupo B é liderado com folga pela Tunísia, Serra Leoa, Cabo Verde e Guiné Equatorial não mostraram ter forças para desbancar os tunisianos. No Grupo C a Costa do Marfim nada de braçada, Tanzânia, Marrocos e Gâmbia não podem contra os Elefantes.  No Grupo D Zâmbia e Gana prometem travar uma dura briga pela vaga, Lesoto e Sudão não oferecem resistência. O mesmo vale para o Grupo E, onde Congo e Burkina Faso brigam pela vaga, o Gabão sonha, afinal não é tão inferior ao Congo, pelo menos. Já os burkinenses estão na melhor fase de sua história, são os atuais vice-campeões da Copa Africana das Nações.

Atual campeã continental, a Nigéria tem sofrido muito no Grupo F, dois empates contra Malawi e Quênia complicaram os nigerianos. E as duas vitórias conquistadas até aqui foram muito suadas, ambas pelo placar mínimo contra o próprio Quênia e a Namíbia. No Grupo G a forte seleção do Egito lidera, mas Guiné tem bons jogadores e tem condições de brigar ainda. Moçambique e Zimbábue são duas seleções fracas, mas o empate dos moçambicanos complicou a seleção de Guiné, que perdeu em casa no confronto direto contra os egípcios. Muito improvável que vençam no Egito, esses dois pontinhos perdidos contra a seleção lusófona  custaram caro. O Grupo H é liderado pelo maior país da África, a Argélia. Os argelinos começaram muito bem aplicando uma goleada logo de cara, 4 a 0 impiedoso contra Ruanda. Já os malineses perderam para o Benin pelo placar mínimo. No confronto direto Mali levou a melhor sobre os argelinos, e pelo andar da carruagem a vaga será decidida no jogo de volta, na última rodada.

O Grupo I é o mais equilibrado, Líbia e Camarões estão empatados em número de pontos (6), mas os líbios ainda não perderam e estão com saldo melhor. República Democrática do Congo tem cinco pontos e Togo tem quatro. Está tudo em aberto, quem errar menos passa. Os camaroneses podem ser considerados favoritos única e exclusivamente pela tradição. Porque pelo futebol que estão jogando, dificilmente estarão na próxima Copa. Eto'o vive brigado com a federação, mandos e desmandos, infelizmente o futebol africano é uma bagunça. Quem mais se prejudica com isso é o amante desse esporte fabuloso. Na última rodada os togoleses venceram por 2 a 0 com propriedade. Atakora Lalawelé fez um golaço, ao driblar toda a defesa  dos Leões Indomáveis, que estão sendo domados com certa facilidade pelos adversários.

Por fim, o Senegal lidera o Grupo J com seis pontos, uma a mais que Uganda e dois a mais que Angola e Libéria. Esse grupo também está equilibrado, porém, os senegaleses possuem mais qualidade técnica, se souberem se impor, deverão ter sucesso. 

Calendário, jogos e classificação atualizada você encontra aqui.



terça-feira, 11 de junho de 2013

Eliminatórias Copa do Mundo 2014 - Concacaf


Pelos lados das Américas do Norte, Central e Caribe, vai se desenhando tudo dentro de uma certa lógica. Hoje, Estados Unidos, Costa Rica e México estariam classificados diretamente. Honduras disputaria a repescagem contra o representante da OFC, Nova Zelândia, no caso. Mas o Panamá está muito vivo na disputa e não pode ser desprezado. Quem decepciona até aqui é a Jamaica, os Reggae Boyz precisam desesperadamente de bons resultados nos próximos jogos. Os Estados Unidos evoluíram muito no futebol, a MLS cresce gradativamente, o que se reflete na seleção. Costa Rica, México, Honduras e Panamá vão se estapear pelas vagas diretas, com vantagem para os dois primeiros, que possuem mais tradição no esporte. Dando a lógica, Honduras e Panamá brigam pela vaga na repescagem, mas como o futebol não é uma ciência exata, vai ser interessante acompanhar o desfecho.

Resultados, classificação atualizada e jogadores convocados durante as eliminatórias você pode ver  aqui.

Brasileirão - Série B



Futebol é mesmo um esporte apaixonante. Acabou agorinha, o Palmeiras vencia o fraquíssimo América-RN por 1 a 0, quando no finalzinho do jogo houve um pênalti claro para o time do Rio Grande do Norte, ignorado pelo péssimo árbitro Ricardo Marques Ribeiro. Na jogada seguinte o time todo do América foi para área em busca do gol salvador. No contra-ataque o Palmeiras fez o segundo gol. 2 a 0, quem olha só o placar final não sabe como foi difícil.

 E o Atlético-GO? Tomou uma lapada feia do Icasa, decepção total esse time. O Chapinha só faltou fazer chover no Ceará! E o Avaí? Ricardinho na corda bamba depois de três derrotas consecutivas! O time tem cacife para brigar lá no topo. 

Resultados e classificação atualizada aqui.

Eliminatórias Copa do Mundo 2014 - AFC

 
Lá do outro lado, na Ásia, o Uzbequistão perdeu pelo placar mínimo para a Coreia do Sul e o Irã goleou o Líbano por 4 a 0 e melhorou o salto, o que pode ser fundamental. Uma vez que Coreia do Sul e o Irã lideram com 14 e 13 pontos, Uzbequistão tem 11, joga em casa, mas tem missão difícil contra o Catar, improvável uma goleada. Espero que não exista nenhum tipo de armação. Os dois primeiros se enfrentam na última rodada, se todos jogarem para valer, sem sacanagem, vai ser muito louco. Os terceiros de cada grupo se enfrentam para decidir quem enfrenta o representante da Conmebol.

E não pensem que o representante da América do Sul terá vida fácil. Os uzbeques estiveram muito perto das últimas duas Copas, foram prejudicados pela arbitragem. Veremos o que acontece! No outro grupo o Japão já está classificado, tem sete pontos de vantagem para a Austrália que tem a sensação das eliminatórias asiáticas, Omã, em sua cola com 9. Mas como a Austrália pega o Iraque em casa e depende só de suas forças, a situação de Omã se complica, tem que vencer a Jordânia fora e torcer por um tropeço dos Socceroos. E como deve mesmo ficar em terceiro, vai pegar Irã ou Uzbequistão, que são superiores. Pois acredito que a Coreia do Sul se classifica em primeiro.
Classificação aqui.

Eliminatórias Copa do Mundo 2014 - Conmebol

 
Vitória importantíssima do Uruguai, se perde hoje, adeus Copa do Brasil! Por outro lado lamento pela Venezuela, que evoluiu muito. E o Paraguai? Conseguir ficar atrás da Bolívia é preocupante.
Ver a Colômbia bem me deixa extremamente feliz!

Venezuela, Uruguai e Peru vão travar uma épica batalha pela repescagem!
Veja a classificação aqui.

sábado, 8 de junho de 2013

AFC Champions League - Grupo B


Time base: 


Técnico: Marcos Paquetá
Como você viu aqui, o Al Shabab, dos Emirados Árabes Unidos tem três brasileiros em seu elenco, sem contar o treinador. Normalmente, Marcos Paquetá escala os três conterrâneos no time titular. Ciel e Edgar formam a dupla de ataque e Luiz Henrique é um dos meias.
Mas nem só de talento brasileiro vive o time de Dubai, que também conta com o uzbeque Azizbek Haydarov. Aos 27 anos, o meia possui grande experiência internacional, disputou a Copa da Ásia em duas oportunidades, em 2007 e 2011. É constantemente convocado pela seleção de seu país, com a qual disputou as eliminatórias para a Copa de 2010 e disputa as atuais para a Copa do ano que vem, no Brasil. Revelado pelo Lokomotiv, de Tashkent, capital do Uzbequistão, depois de quatro temporadas no Bunyodkor (antigo Kuruvchi) maior clube do país hoje (em termos financeiros), chegou como um dos principais reforços do Al Shabab para essa temporada.
No mais o time é formado por jogadores locais, alguns deles com talento suficiente para defender a seleção dos UAE. Casos dos goleiros Salem Al Hammadi e Ismael Rabee, ambos disputaram o Mundial Sub-20 em 2003. O primeiro costuma ser o titular e o segundo quando entra não compromete tanto. A defesa é formada por Mohammad Marzouq e Edam Dhahi, junção de juventude com experiência, 24 e 33 anos, respectivamente. O camisa 4, disputou o Mundial Sub-20 em 2009. Pela direita o veloz Sami Anbar é o habitual titular, pelo outro lado o titular absoluto é o badalado Waleed Abbas, um dos principais nomes da seleção local.
Dawoud Ali e Hassan Ibrahim se desdobram na marcação, liberando um pouco mais Haydarov e Luiz Henrique para criarem boas condições para Ciel e Edgar balançarem as redes. Dependendo da ocasião e do adversário, muitas vezes Paquetá escala três atacantes, nesse caso Ali dá lugar a Issa Obaid, experiente atacante de 29 anos, tem sido lembrado na seleção nessas eliminatórias. O meia Naseer Masoud e o atacante Rashid Hassan costumam entrar durante a maioria dos jogos.
Agora, se esse time será capaz de conquistar a Ásia, só o tempo dirá! 


Time base: 



Treinador: Eric Gerets

O Lekhwiya Sports Club foi fundado em 1938, como Al Shorta, em 2009 adotou a nomenclatura atual depois de ser comprado por xeiques que esbanjam riqueza gastando os tubos. Não é por acaso que o clube tem o maior orçamento do país, uma amostra do poder aquisitivo dos novos donos aconteceu quando anunciaram que Eric Gerets seria o comandante na atual temporada. Depois de três anos na seleção marroquina, o treinador belga – que como jogador foi um grande zagueiro – aceitou o desafio de transformar a equipe numa potência internacional.

Em 2010, já modificado e melhor estruturado, o clube conseguiu o acesso a primeira divisão logo em sua temporada de estréia na segundona. Em sua primeira vez disputando a Qatar Stars League (divisão principal) o time sagrou-se campeão. Disputou também a final da Sheikh Jassem Cup, popular Copa do Xeique, mas perdeu para o Al Arabi. Cheio da grana e com profissionais competentes montando o elenco, o clube é o atual Bi-Campeão nacional. Portanto, a meta agora não poderia ser outra, crescer fora do Catar.

Gerets possui um elenco com jogadores de 13 nacionalidades, uma verdadeira Torre de Babel. Ofensivo, o treinador belga costuma escalar o time num 4-3-3 que na prática se desenha mais num 4-2-1-3 e varia para o esquema da moda, o 4-2-3-1. Com jogadores versáteis, muitas vezes o time acaba formando uma linha de três defensores, formada pelo francês Damé Traoré e pelos argelinos Madjid Bougherra e Karim Boudiaf, isso porque o lateral-esquerdo Khalid Muftah é muito ofensivo e deixa espaços na retaguarda. Tanto é que muitas vezes Gerets escala Adel Lamy, canhoto habilidoso que costuma jogar bem aberto. O rápido e leve Khalid Fareed também é muito utilizado nessa função, mas assim como seu xará, ataca muito e deixa a desejar na marcação.

No gol, o titular por muito tempo foi o senegalês Baba Malick, que é naturalizado catariano e é convocado para a seleção do país com frequência. Mas com a chegada de Amine Lecomte, acabou perdendo a vaga, mesmo sendo mais experiente que o jovem de 23 anos. Lecomte nasceu em Reims, na França, mas optou pela nacionalidade de seus pais, que são marroquinos. Assim como o melhor zagueiro do time, Bougherra, que também nasceu na França, mas optou pela nacionalidade da qual descende.

Para facilitar o entrosamento e a comunicação, os dirigentes investem em muitos jogadores da África Árabe, marroquinos, tunisianos e principalmente argelinos, até mesmo um sudanês faz parte do elenco. Porém, o atacante Mohammed Mudather não teve muitas chances com Gerets, depois de cinco temporadas no Al-Wakrah, chegou ao Lekhwiya na temporada 2011/2012. No meio-campo o brasileiro Luiz Mairton e o sul-coreano Nam Tae-Hee são os motorzinhos incansáveis do time. O asiático saiu muito cedo de seu país, rumou para Inglaterra (Reading), onde terminou sua base. De lá rumou para o Valenciennes, da França, depois de três temporadas, já vai para a segunda no time de Doha.

O brasileiro saiu do modesto Uniclinic, do Ceará, onde foi formado, em sua terceira temporada no Lekhwiya, já está habituado ao país. Com a ajuda desses dois jogadores, o tunisiano Msakni tem bastante liberdade para atordoar os adversários com sua velocidade e facilidade no drible. O trio de ataque é formado pelo uruguaio naturalizado catariano Sebastián Soria, pelo congolês Tresor Kangambu e pelo senegalês Issiar Dia. Os africanos voltam bastante para ajudar na marcação, Soria é o típico centroavante matador.

Essa prática de naturalização é comum no Catar, uma vez que o país é minúsculo, com aproximadamente 1 milhão e 700 mil habitantes. O atacante Emerson Sheik, do Corinthians, tem passaporte do país, ia defender a seleção. Aílton ‘queixada’ e Dedê, dois jogadores que se destacavam muito no futebol alemão na época, tiveram propostas tentadoras para vestirem a camisa da seleção. Mas a Fifa proibiu essa festa na casa da mãe Joana. São casos diferentes dos de Soria e Malick, que estão a nove e onze anos no país. Porque o que o pessoal pretendia era naturalizar como se fosse uma contratação, pagariam alto para quem aceitasse defender a nação. Ao menos uma vez a Fifa tomou uma atitude elogiável.

Para que o leitor entenda como o elenco é forte, para os padrões do futebol asiático, Nadir Belhadji, lateral-esquerdo campeão continental com o Al-Sadd há duas temporadas tem sido pouco utilizado. O mesmo vale para Mourad Meghni, comparado a Zidane no início da carreira, o habilidoso meia nunca foi o que se esperava. A comparação não se deve somente ao fato de ser descendente de argelinos como Zizou, fisicamente também são parecidos. Meghni e Belhadji entram no mesmo caso de Bougherra, todos nasceram na França, porém optaram pela nacionalidade argelina, tudo para terem chance de disputar uma Copa do Mundo, o que os defensores conseguiram em 2010. Meghni foi convocado algumas vezes, mas acabou fora da lista final.

Mohammed Musa, zagueiro da seleção do Catar também é reserva, assim como Lamy, Shihab e Jassim, curiosamente são mais importantes na seleção do que no clube. O primeiro tem dupla nacionalidade, Kuwait/Catar. O segundo nasceu no Iraque, mas fugindo dos conflitos de seu país, cresceu no Catar, por isso também tem dupla nacionalidade. Jassim veste a outrora respeitada camisa 10, que lhe cai bem, uma vez que tem qualidade com a perna esquerda. Ali Hassan Atif é o queridinho da torcida local, rápido e insinuante, o baixinho muitas vezes é titular. O Lekhwiya investe em alguns jovens, o francês descendente de senegaleses Simon Dia, o marfinense Lassina Diaby e o argelino Adel Habeb têm menos de 21 anos.
Planejamento, bom elenco e treinador de ponta o Lekhwiya possui, com certeza é um dos favoritos ao título. E você, leitor? O que acha? Dê sua opinião! 



Time Base: 


Técnico: Maciej Skorża


O Ettifaq FC surgiu da fusão de três clubes de Dammam, em 1944. Ettifaq significa cooperação em árabe, nome interessante que pode ser até mesmo emblemático para um time de futebol. É o primeiro clube saudita a conquistar uma competição internacional, a Copa dos Campeões Árabes, em 1984. Foi também o primeiro time a ser campeão invicto da Saudi Premier League. Três vezes campeão da Copa dos Campeões do Golfo, também foi o primeiro do país a triunfar nessa competição. Os anos 80 foram marcantes para esse clube, nessa década conquistou muitos desses títulos expressivos no futebol árabe.

Apesar de tradicional, ter títulos importantes em seu currículo, o time verde e vermelho é apenas coadjuvante na Arábia Saudita. Para tentar mudar um pouco essa escrita, o polonês Maciej Skorża chegou do Legia Varsóvia com a missão de ao menos fazer uma boa Champions League e brigar pelo título nacional. Porém, o clube não fez grandes investimentos e tem poucos estrangeiros, nem todos são titulares. Com uma base caseira, o clube sentirá falta dos brasileiros Junior Xuxa e Cássio, o primeiro retornou ao Brasil, onde defende o Santa Cruz e o segundo rumou para o futebol da Coreia do Sul, onde defende o Gwangju FC. Perdeu também seu principal atacante, o argentino Sebastián Tagliabue, que foi para o Al Shabab saudita.

Bom, como não adianta lamentar, Skorża faz o que pode com o elenco que tem a sua disposição. O titular no gol é Fayez Al-Sabiay, que leva a melhor sobre Mohammad Khojah, que foi um dos goleiros da Arábia Saudita no Mundial de 2006. Abdullah Al Saleh tem apenas 24 anos, levando desvantagem em relação os seus companheiros trintões. A linha de quatro defensiva é formada por Ali Al Zubaidi, atleta que disputou o Mundial Sub-20 em 2011. Majed Al-Amri forma a dupla de zagueiros com o brasileiro Carlos Santos.  Que saiu do Brasil muito cedo, aos 19 anos, partiu para uma aventura no futebol croata, esteve por lá em sete temporadas, depois de uma rápida passagem pelo Shandong Luneng, da China, está em sua segunda temporada no clube saudita. Quem fecha a linha é Hasan Kadesh.

Jamaan Al-Jamaan é a primeira opção caso um dos quatro não possa jogar, seja por contusão, suspensão ou deficiência técnica. Carlos tem muita moral por lá, é o capitão do time, titular absoluto na defesa. Ahmed Al Walibi em determinadas situações joga na defesa também, embora jogue mais no meio-campo.  Yahya Al Shehri, Ahmed Mubarak e Sultan Al Bargan completam o meio. O jovem Shehri tem sido um dos bons nomes desse time, o baixinho de apenas 1,62 cm tem sido convocado para seleção. Al Bargan dividiu sua carreira entre dois clubes, o Al Hilal e o atual, aos 30 anos, tem bagagem para ser titular. Mubarak é omani, um dos principais nomes do ascendente país, quando o assunto é futebol.  Talvez seja o jogador com maior capacidade técnica desse time.

Zamil Al-Sulim e Yousef Al-Salem formam o ataque, dos dois, o segundo é quem tem jogado muito bem, inclusive sendo chamado para a seleção nacional. O ganês Prince Tagoe e o saudita Ali Al Zaqan costumam entrar praticamente em todos os jogos, em busca de mudar um pouco as características do ataque. Tagoe é alto e muito forte, opção nas bolas aéreas nos fins dos jogos. Al Zaqan mantém mais ou menos as mesmas características dos titulares, que formam um ataque mais móvel. Saleh Bashir e Hamad Al-Hamad são outras opções ofensivas vez ou outra utilizadas.

 

Time Base:  


Treinador: Murod Ismailov

O Pakhtakor sem dúvida alguma é o principal clube de futebol do Uzbequistão, tem oito títulos nacionais e noves copas. Chegou a conquistar a primeira liga da União Soviética em 1972. Fundado em 1956, o nome significa numa tradução grosseira, coletores de algodão, uma vez que o país é um dos maiores produtores. Como você pode perceber no distintivo acima, o algodão se faz presente. Uma tragédia em 1979 é uma triste lembrança na história do clube. A colisão aérea vitimou toda a equipe de futebol, o voo 7880 fazia a rota Tashkent – Donetsk – Minsk, quando se chocou com outro avião do mesmo modelo, Tupolev 134As da Aeroflot. Uma falha no controle de tráfego aéreo russo foi o principal motivo do acidente.

Mas deixando as lembranças tristes de lado, o Pakhtakor é presença constante na AFC Champions League, sempre é um adversário difícil de ser batido sob seus domínios. Ao contrário do seu maior rival, o Bunyodkor, os Coletores de Algodão não estão cheios da grana. Por isso a base do time é formada por jovens jogadores com experiência nas seleções de base do país. E a missão de organizar esses garotos foi dada a Murod Ismailov, treinador de 44 anos que vai para segunda temporada no comando do time. Com média de idade de 23,21 anos, a experiência internacional desses jovens pode ser importante no futuro da seleção nacional, que esteve perto das duas últimas Copas do Mundo.

Apenas três estrangeiros fazem parte do elenco, o zagueiro sérvio Bojan Miladinović, o armeno Zhora Hovhannisyan e o georgiano Kakhi Makharadze. Os dois últimos são mais utilizados por Ismailov, apesar de experiente, curiosamente o zagueiro sérvio é reserva nesse jovem time. Em tempos recentes o Pakhtakor contava com dois dos principais astros da seleção do país, Odil Ahmedov acabou seduzido pela grana do Anzhi e se mandou para Rússia. Aleksandr Geynrikh foi para o futebol sul-coreano, passou pelo futebol árabe e hoje joga no Aqtobe, um dos principais times do país vizinho, Kazaquistão. 

No gol Ismailov escala Aleksander Lobanov, goleiro de 27 anos, mesmo tendo a sua disposição o reserva da seleção nacional, Timur Juraev, de 29 anos. O promissor Nikita Ribkin por enquanto se contenta em ser terceira opção, tem apenas 21 anos. Assim como a seleção, o Pakhtakor também joga com três zagueiros, a hoje pouco usual função de líbero foi feita com maestria por Ahmedov, na Copa da Ásia 2011, o que inspira os treinadores do país a manter essa função.

Aleksandr Merzlyakov, Davron Hashimov e Akbar Ismatullaev formam o trio defensivo. Muitas vezes o meia Gulom Urunov entra para fazer a função de líbero e melhorar a saída de bola do time. Outras opções defensivas são Murod Khalmukhamedov, grandalhão que disputou o Mundial Sub-20 em 2009 e o experiente Ilhom Suyunov, este disputou o Sub-20 também, mas em 2003, além de ter feitos alguns jogos na seleção principal nas eliminatórias para a Copa de 2010. Titular no meio-campo, Sherzod Karimov foi para o futebol chinês, com isso Oybek Kilichev assumiu o posto de titular. Na proteção a defesa o capitão Makharadze e Dilshod Sharofetdinov dão conta do recado deixando Kilichev e Vladimir Kazak utilizarem a velocidade pelos flancos.

Deixando Hovhannisyan mais centralizado para armar o jogo, esse jogador saiu muito cedo da Armênia, jogou por anos na Grécia, vestiu a camisa do gigante Olympiacos. No ataque Temurkhuja Abdukholikov, Djamshid Iskandarov e Sanat Shikhov lutam para formar dupla com Igor Sergeev, de apenas 19 anos. Os dois primeiros citados fizeram gols importantes nas duas primeiras rodadas, um de cada para garantir duas vitórias pelo placar mínimo. Iskandarov é um baixinho enjoado pra diabo, corre que é uma barbaridade. Abdukholikov é um segundo atacante, apesar de vestir a nove não fica tão enfiado na área como Sergeev. Um fato estranho é o meia Stanislav Andreev ter sido titular só no primeiro embate dessa competição, uma vez que ele pode ser considerado o melhor jogador do time, titular até da seleção uzbeque. Salvo alguma contusão grave, não há motivos para ele não ser escalado nos outros jogos.

Com tantos jovens o Pakhtakor ainda se deu ao luxo de emprestar o astro da seleção Sub-17 ao Andijon FK, Timur Khakimov voltará com mais bagagem. Enfim, uma classificação já seria sensacional, para quem investiu mais na base. A possibilidade de a seleção do Uzbequistão estar no Brasil em 2014 é muito grande, o time hoje está empatado em número de pontos com a Coreia do Sul no Grupo A da fase final das eliminatórias asiáticas. Onze pontos para as duas seleções que se enfrentam no próximo dia 11/06, nisso quem pode se dar bem é o Irã, que vem coladinho com dez pontos e pega o Líbano em casa. Na pior das hipóteses o Uzbequistão pode ficar em terceiro, sendo que os dois terceiros de cada grupo se enfrentam para decidir quem vai disputar  a repescagem contra o quinto colocado das eliminatórias sul-americanas, o que cá entres nós, é um tremenda fria!