quinta-feira, 28 de março de 2013

Seleção Brasileira - Falta Talento




Muitas críticas rondam o ambiente da Seleção, na época que a mesma era treinada por Dunga, choviam reclamações de todos os tipos. E a maior delas era o fato do nosso capitão do Tetra optar por um esquema de jogo que fugia dos padrões históricos do futebol brasileiro. O esquema da moda, o 4-2-3-1, utilizado por grande maioria dos times de futebol do mundo. Com essa formação, o centroavante acaba muito sacrificado, uma vez que os meias externos prescisam ajudar na marcação, do contrário, o adversário pode se aproveitar dos espaços deixados pelos flancos.

Mano Menezes chegou prometendo voltar ás raízes, com coragem disse que o Brasil voltaria a jogar um futebol mais dinâmico, que voltaria a ser protagonista no futebol mundial. Apesar das críticas ferrenhas, da pressão da imprensa clubista, que não aceitava bem um treinador que fez sucesso no Corinthians assumir a Seleção Nacional, Mano fez o que pôde, chamou jogadores pedidos pela massa, endeusados pela mídia, testou inúmeras formações. E nada dava certo, nada parecia funcionar, quando finalmente um esboço de time estava pronto, acabou demitido.

Muricy, aclamado na época da saída de Dunga, disse não. Sendo assim, o melhor nome do momento era mesmo Mano. Se tem currículo pouco vasto no mundo do futebol, por outro lado é culto, formado em Administração e Educação Física, profundo conhecedor desse esporte praticado com os pés. Com a saída do treinador gaúcho, muitos nomes foram falados, até mesmo Pep Guardiola chegou a ser cogitado. A mídia pressionou para que o espanhol fosse ao menos procurado pela CBF. A verdade é que o criticado presidente José Maria Marin nunca pensou seriamente neste caso.

E acabou que a Confederação Brasileira de Futebol optou por trazer de volta Luiz Felipe Scolari. Treinador desatualizado, pragmático, ultrapassado. O leitor pode até se indignar, deve pensar: "Como o cara contesta o campeão Mundial?" Fato é que Felipão foi bastante perspicaz em 2001/2002, afastou jogadores que na época tulmutuavam o ambiente, soube fazer craques se comportarem como se fossem uma verdadeira família. Todos se ajudando, se doando dentro de campo para um bem maior, que era defender o Brasil numa Copa do Mundo.

Felipão soube também encontrar uma forma para resolver um problema crônico da Seleção na época. Os buracos nas costas dos laterais. Cafu e Roberto Carlos sempre foram muito ofensivos, ainda que o lateral-direito não tivesse tanta qualidade técnica, compensava com muito vigor físico e força de vontade. A opção pelo 3-5-2 foi muito contestada. Mas com Edmilson à frente da zaga, às vezes como um falso líbero, os volantes não ficavam sobrecarregados e conseguiam fazer a cobertura como se deve. O maior mérito deste treinador, no entanto, foi mesmo fora de campo.

Hoje, depois de três jogos, Felipão ainda não conseguiu vencer, logo de cara ficou nítido que o problema maior está longe de ser o treinador. Depois da derrota para Inglaterra, empates com Itália e Rússia, fica a sensação que ainda falta muito para que o Brasil volte a ser respeitado. Temido nunca foi, só na cabeça e nos delírios nacionalistas de Galvão Bueno e sua trupe. A grande verdade é que nos falta material humano de qualidade, falta técnica. Sobra velocidade, força física e firula, futebol que é bom, nada! É muito cabelo, muito mimo, muito showbiz e pouca bola na rede.

Foi-se o tempo em que o Brasil tinha um craque por posição, foi-se o tempo em que tinhamos jogadores absolutamente incontestáveis. Como Romário, Ronaldo, Rivaldo, Ronaldinho e Roberto Carlos. Se analisarmos com calma, perceberemos que o "país do futebol" não tem nenhum protagonista no futebol europeu como em um passado recente. Qualquer pedalada ou um gol um pouco mais chamativo transforma um pereba em craque. Na ânsia de criar um novo ídolo, um novo Ronaldo, parte da imprensa transforma jogadores comuns em craques.

Neymar, o mais midiático deles é um grande exemplo, mais preocupado com o cabelo ou com a cor da chuteira, some nos jogos grandes da Seleção e até mesmo do Santos. Destruir no fraquíssimo Campeonato Paulista, na limitada Copa do Brasil, na fraca Libertadores e no também fraco Campeonato Brasileiro não pode ser parâmetro. Muitos ufanistas chegaram até mesmo a dizer que Neymar é melhor que Messi e Cristiano Ronaldo, dois jogadores já marcados na história do futebol. A derrota humilhante sofrida pelo Santos na final do Mundial em 2011 foi um choque de realidade para aqueles que estavam longe dela.

Obviamente, Neymar tem potencial de sobra para ser um dos maiores jogadores da história do futebol. No entanto, está muito longe de ser tudo o que a lamentável mídia atual pinta. E não adianta querer tapar o sol com a peneira. A saída para nosso futebol para começo de conversa é deixar essa soberba de lado. É muita marra para pouco futebol. É preciso saber diferenciar habilidade de técnica, são coisas distintas. Técnica é a inteligência, a arte de antever o jogo, saber se posicionar da melhor maneira possivel. Habilidade é vista nos dribles, nas arrancadas, nas fírulas.

Neymídia, apelido merecido pelo jogador do Santos, pode parecer um exagero, mas não é. Para ver a real capacidade desse jogador é necessário vê-lo jogar entre os melhores. Jogar no meio dos verdadeiros World Class, aí sim saberemos se de fato ele é o que a Globo diz que é. Ou você nunca imaginou ver esse mimado enfrentar um Vidić, um Ferdinand, um Hummels ou um Kompany da vida?  A infeliz verdade é que dependemos de jogadores sobrevalorizados, pseudo-craques, "celebridades". Enquanto as pessoas que cuidam do futebol brasileiro não pararem com essa marra idiota, continuaremos a passar vergonha nos campos mundo afora.

A Seleção Brasileira não tem tido dificuldade em posições que no passado eram muito criticadas. No gol estamos bem servidos, Diego Cavalieri, Diego Alves e Júlio César são confiáveis. Na defesa contamos com zagueiros consistentes, com qualidade técnica, força física, boa estatura. Thiago Silva (considerado por muitos o melhor zagueiro do mundo), Dante (membro da atual melhor defesa da Europa), David Luiz (que tem tanta qualidade que vai bem até de volante), Dedé, Rever, Leandro Castán e em um futuro próximo, o Marquinhos.


Nas laterais Daniel Alves e Marcelo são dois dos melhores do mundo, possuem boa técnica. Porém, há anos que o lateral direito joga praticamente de atacante no Barcelona. O lateral esquerdo vai muito bem no apoio, mas deixa muito a desejar na marcação, deixa inúmeros espaços que os adversários aproveitam bem. Hernanes vem jogando o fino da bola na Itália, mas lá, nas duas últimas temporadas ele era o meia, principal articulador da Lazio. Esse ano ele pediu ao treinador bósnio Vladimir Petkovic, para atuar um pouco mais recuado, exatamente para ter mais chances na Seleção.

É triste ver o pessoal endeusando jogadores comuns como Paulinho, Ramires, Lucas, entre muitos outros.
Lucas tem velocidade, bom drible, força, mas vive de cabeça baixa, quer correr com a bola o tempo todo e é pouco inteligente nas decisões com a bola. No São Paulo mesmo, tentou-se por muito tempo escalá-lo como meia, até que Emerson Leão abriu os olhos de todos e mostrou que Lucas deve jogar como meia externo, ou até mesmo um segundo atacante, como meia central as características dele o atrapalham. Algumas esperanças recaíram sobre Kaká, que sempre foi um jogador de característica explosiva, de velocidade e força extrema.

Hoje, sem plenitude física seu "futebol" acabou, uma vez que ele nunca foi um jogador muito técnico, habilidoso ou cerebral. Em seu auge, colocava a bola na frente e não tinha quem conseguisse impedí-lo de chegar ao gol. Amante de futebol como é este que vos escreve, fica duro ver tanta porcaria ser tratada como joia. Oscar talvez seja o único que foge á regra atual dos jogadores adeptos da boleiragem. Não é tão midiático, tem boa técnica, precisa apenas se firmar de vez no Chelsea. Calma lá, longe também de ser um craque, se bem trabalhado pode ser um grande meia e ajudar muito o Brasil.

Enfim, em tempos que as pessoas vivem como ovelhas teleguiadas, alienadas e longe da realidade, pensar com a própria cabeça é praticamente utopia. Concorda? Discorda? Faça valer seu espaço e comente!


domingo, 24 de março de 2013

Libertadores 2013 - Primera Fase - Definições







O Club Atlético Tigre passou fácil pelo Deportivo Anzoátegui, como você viu no post anterior.  O pequeno clube de Victoria, Partido de San Fernando, província de Buenos Aires, teve uma ascenção muito rápida. Seis vezes campeões da Primera B Nacional, segunda divisão argentina (1945, 1953, 1979, 1994, 2004 e 2005) , os Azules del Norte também coquistaram a Copa da Argentina em 1968. Mas foi em 2007, na primeira divisão, que o clube chamou atenção daqueles que amam esse esporte chamado futebol. Naquele ano, o modesto clube foi vice-campeão argentino, perdeu o título do Apertura para o Lanús, que ficou quatro pontos a frente. Não é incomum clubes pequenos fazerem campeonatos bons em suas estreias na principal divisão de qualquer país. Como também não é raro vê-los não suportar a segunda temporada na elite, retornando para o tormento da segundona, ou até mesmo sofrendo rebaixamentos sucessivos, como aconteceu aqui no Brasil com o Santa Cruz e na Inglaterra com o Portsmouth. 

Fato é que El Matador de Victoria mostrou suas garras ao ser vice do Torneo Apertura novamente. E o que aconteceu em 2008 é raríssimo, tríplice empate na liderança. San Lorenzo, Boca Juniors e Tigre juntos, com 39 pontos, 19 jogos, 12 vitórias, 3 empates e 4 derrotas. Para resolver o problema, aconteceu um play-off desempate. Simples, um grupo com as três equipes se enfrentando. O Tigre perdeu de 2 a 1 para o San Lorenzo, que tomou de 3 a 1 do Boca Juniors, que perdeu por 1 a 0 para o Tigre. Sendo assim, o Boca Juniors acabou campeão no saldo de gols. Tava difícil levantar essa taça não? Saiba mais, relembre e entenda melhor aqui. Em 2012 o vice se repetiu, mas dessa vez dois pontos separaram o Tigre do campeão do Torneo Clausura, Arsenal de Sarandí. Carlos Luna foi o artilheiro da competição, fez 12 gols em 18 jogos pelos Azules. Se não foi o bastante para abocanhar o título, ao menos conseguiu uma transferência para o River Plate.

Agora que você já sabe um pouco da história do clube argentino, saiba melhor como foi o embate contra o clube venezuelano pela vaga no Grupo 2, ao lado de Palmeiras - BRA, Sporting Cristal - PER e Libertad - PAR clicanco aqui e aqui.



Com ambos os times ainda desentrosados, não podíamos esperar jogos maravilhosos tecnicamente falando. Mas se por um lado faltou técnica, por outro não faltou emoção e muita luta. Apesar de ter jogado bem nos 2.820 metros de altitude de Quito, o Grêmio acabou derrotado por 1 a 0. No jogo de volta, ainda sofrendo com o péssimo estado do gramado na novíssima Arena Grêmio, o clube gaúcho devolveu o placar mínimo e levou a decisão para os penais. Foi emocionante, 5 a 4 para o time brasileiro e festa no Rio Grande do Sul. Bah, Tchê! Com o triunfo, o Tricolor gaúcho entra no Grupo 8, onde fará companhia ao atual campeão brasileiro, Fluminense, ao atual campeão chileno, Huachipato e ao já tradiconal Caracas, da Venezuela.




Colombianos e peruanos fiveram uma batalha acirrada para ganhar a vaga na segunda fase. Jogando em Ibagué, no estádio Manuel Murillo Toro, o Tolima conseguiu vencer pelo placar mínimo, gol de Rogerio Leichtweis. Na volta, em Trujillo, depois de um primeiro tempo bastante truncado, a Universidad César Vallejo abriu o placar no penúltimo minuto do primeiro tempo, gol de Quinteros. E quando parecia que tudo ia ser decidido nas penalidades, Charles Monsalvo, jovem de apenas 20 anos, utilizou sua velocidade para tentar mudar o jogo. Eis que foi dele o gol aos 40 minutos do segundo tempo, garantindo o time colombiano no Grupo 6. Que terá também outro colombiano, o Sante Fé, atual campeão nacional, o estreante Real Garcilaso, do Peru e o Cerro Porteño, do Paraguai. Saiba mais sobre Tolima e UCV aqui!




Como já era de se esperar, o Defensor, com um elenco enfraquecido não conseguiu fazer frente ao Olimpia bem montado e reforçado. O empate por 0 a 0 no Uruguai já dava indícios que o jogo de volta no Paraguai não traria boas notícias para os torcedores do El Defe. O time uruguaio resistiu um pouco no primeiro tempo, até que aos 34' minutos o artilheiro argentino Juan Carlos Ferreyra abriu o placar, de cabeça, aproveitando sua boa estatura. Na segunda estapa La Violeta tentou pressionar El Decano, mas esbarrava em suas próprias limitações. Aos 16' da segunda etapa Eduardo Aranda (que está comendo a bola na vigente temporada) fez o gol que acabou por selar as esperanças uruguaias. Sendo assim, o Olimpia entrou no Grupo 7, onde medirá forças com Newell's Old Boys - ARG, Universidad de Chile e Deportivo Lara - VEN.


Foi um passeio, o Tricolor não tomou conhecimento do Bolívar, aplicou uma goleada impiedosa. 5 a 0 com direito a dois gols de Luis Fabiano e um de Rogério Ceni, ídolos da torcida. La Academia não honrou essa bela alcunha que carrega, com uma disparidade técnica tão grande, nem a altitude poderia ser um dificultador para a tranquila classificação do time brasileiro. Nos 3.660 metros de altitude, em La Paz, ao contrário do que geralmente acontece, o São Paulo brincou no primeiro tempo e abriu 3 a 0 com extrema facilidade. Eis que na segunda etapa, com o freio de mão puxado e sentindo os efeitos da altitude, o Soberano não resistiu e acabou levando a virada. Derrota que não atrapalhou os planos de Ney Franco, os 8 a 4 do placar agregado escancaram isso. O São Paulo entra no Grupo 3, onde terá a companhia de Atlético Mineiro, The Strongest - BOL e Arsenal de Sarandí - ARG.



O embate parecia, numa primeira visão, que seria vencido sem muitos sustos pelo time mexicano, que inegávelmente tem mais talento em seu elenco. No México, Los Dragones supreenderam ao abrir o placar logo no começo do jogo, por meio de seu camisa dez, o argentino Rodrigo Díaz. Ainda buscando o entrosamento ideal com as chegadas dos novos reforços, os Panzas Verdes tiveram dificuldades, conseguindo empatar o jogo no fim, gol de Nelson Rosano. Na volta, em solo chileno, foi o León que abriu os trabalhos. Depois de um primeiro tempo horroroso, o time mexicano abriu o placar no começo do segundo tempo, um dos novatos da equipe, o colombiano Yovanny Arrechea foi o autor do gol. O time da casa não se abalou, empatando a peleja poucos minutos depois, através de seu maior destaque. Após penalidade marcada pela arbitragem, Díaz, sempre ele, decretou o empate. A decisão então foi para os penais, e neles o time chileno foi mais competente e conseguiu sua sofrida classificação. Entrará no Grupo 4, onde medirá forças com Vélez Sársfield, Peñarol e e Emelec.

segunda-feira, 11 de março de 2013

Libertadores 2013 - Primeira Fase



Começaremos pela primeira fase, mais conhecida no Brasil como pré Libertadores.

Os embates:



Tigre - ARG x Deportivo Anzoátegui - VEN

Conhecido por ser um time forte fisicamente e fraco tecnicamente, o Tigre não teve dificuldades para eliminar o fraco time venezuelano. 5 a 1 no placar agregado, com direito a goleada por 3 a 0 fora de casa. O clube da Venezuela conseguiu a vaga pela pontuação agregada 2011/2012, da forma que perdeu para um time carniceiro como o Tigre, não merecia mesmo entrar na segunda fase, mais conhecida como fase de grupos. Foi a primeira equipe da Venezuela a participar de duas competições internacionais no mesmo ano, no caso, Copa Sul-Americana e Libertadores em 2009. Também é a primeira equipe do país a conseguir o doblete, que nada mais é do que conquistar a Copa e Campeonato Nacional no mesmo ano. Se no cenário caseiro El Depor vem conseguindo evoluir, internacionalmente ainda há muito que melhorar.




LDU - EQU x Grêmio - BRA

Com o fim de grande parte da geração que conquistou o título mais importante da equipe em 2008, a LDU reformulou seu elenco. Dezesseis jogadores foram contratados, com a intenção de trazer Los Universitários de volta ao protagonismo dentro e fora do Equador. O argentino Edgardo Bauza é muito respeitado, até aclamado por toda gente que curte a LDU. Com a debandada pós título, inclusive de Bauza, que foi se aventurar no futebol do Oriente Médio, mais precisamente no Al Nassr, da Arábia Saudita, a Liga Deportiva Universitária deu uma caída. Não só porque não conseguiu montar times consistentes nos últimos cinco anos, como também porque os outros clubes grandes do país começaram a se mexer ao ver o sucesso Albo. Emelec e Barcelona, ambos de Guayaquil, passaram a investir mais, equiparando as forças, bom para o futebol equatoriano, que só tem a ganhar com isso.

O Grêmio passa por situação parecida, lá se vão 17 anos da última conquista do Campeonato Brasileiro, o último título impactante foi a Copa do Brasil de 2001, ironicamente contra o Corinthians num Morumbi lotado. Comandado justamente pelo treinador que hoje é unanimidade no clube paulista. E lá se vão mais 12 anos, nesse meio tempo os tricolores viram o crescimento de seu rival, Internacional. Que conquistou tudo o que era possível, se intitulando "campeão de tudo". Para mudar esse panorama, de 2011 para cá o Grêmio vem investindo pesado em contratações, para tentar voltar ao protagonismo e deixar seu antagonista chupando o dedo.

E para comandar a nave, buscaram o outrora estrategista Vanderlei Luxemburgo, que hoje não é nem sombra daquele que cansou de ganhar títulos dentro do Brasil. Internacionalmente falando (no âmbito de clubes) seu currículo é uma piada, para não dizer zerado. E com esse superestimado treinador é que o Grêmio pretende voltar às glórias e ao lugar mais alto do pódio. Onde todos que curtem futebol se acostumaram a ver o Imortal Tricolor. A terceira posição no Brasileirão 2012 bastou para voltar para a Libertadores. Para 2013 as metas gremistas são muito mais ambiciosas. Vamos ver se o ‘pofexô’ nos surpreende.




Deportes Tolima - COL x Universidad César Vallejo - PER

Classificado para a Libertadores após obter a melhor pontuação na soma dos Torneios Apertura e Finalización 2012, o Deportes Tolima, algoz corintiano em 2011, espera vôos mais altos em 2013.
O time comandado por Carlos Castro costuma jogar num 4-2-3-1 que varia para o 4-2-2-2, muito porque o camisa dez, Andrade, tem boa qualidade na armação das jogadas. Às vezes Castro opta pelo rápido Óscar Rodas, que ao lado do paraguaio Rogerio Leichtweis acaba formando uma dupla interessante. O que é bom, pois a torcida sente saudades de outro paraguaio, Robin Ramírez, que foi artilheiro do Apertura 2012, com o sucesso transferiu-se para o futebol mexicano, onde hoje defende o Pumas. O titular da meta Vinotinto y Oro é outro paraguaio, Antony Silva, experiente, passou pelo Marília, clube do interior paulista, no segundo semestre de 2008. 

Na defesa, os habituais titulares são Otálvaro, Bonilla, Monsalve e Noguera. Arrechea e Valencia estão sempre de prontidão caso algum dos titulares não possa atuar. No meio, Bréiner Belalcázar, o peruano Merino, David Silva e Campaz são os mais utilizados, abrindo inúmeras possibilidades ao se juntarem a Andrade. No ataque, Yimmi Chará costuma jogar aberto pela esquerda, voltando e ajudando muito na marcação, já que no 4-2-3-1 ele acaba se sacrificando um pouco pelo time. Tudo para que Leichtweis tenha mais liberdade no comando do ataque. O argentino Imanol Iriberri costuma entrar muito durante os jogos, assim como Charles Monsalvo, na tentativa de abrir espaços nas defesas adversárias. Enfim, se o time não é brilhante, ao menos possui qualidade suficiente não só para superar os peruanos, como também para chegar ao mata-mata.

A Universidad César Vallejo é da cidade de Trujillo, o time fundado em 1996, manda seus jogos no estádio Mansiche, com capacidade para receber aproximadamente  25 mil torcedores. É comandado pelo jovem Victor Rivera, treinador que começou sua carreira na Universidad San Martín e chegou para assumir Los Poetas em 2011, após uma passagem pelo Sporting Cristal, um dos gigantes do futebol peruano. No gol o titular é Salomón Libman, que depois de cinco anos no Alizanza Lima - clube que conquistou o Campeonato Peruano em 22 oportunidades - não sofre com a concorrência dos jovens Hermoza e Rabines. O primeiro disputou o Mundial Sub-17 com o Peru em 2007 e também o Sul-Americano Sub-20 em 2009. Por mais que tenha qualidade, ser um goleiro baixo (1,78) para os padrões do futebol atual não o ajudam em nada. O segundo é cria da base, tem apenas 20 anos. 

Na defesa os titulares são o argentino Carlos Galván e o nativo Orlando Contreras. Guizasola é o lateral-direito, rápido e abusado, costuma irritar os adversários. Pela esquerda quem costuma a dar as cartas é Lee Andonaire. Galván é aquele mesmo que jogou por Santos, Atlético Mineiro e Paysandu aqui no Brasil. Temperamental e raçudo, não era incomum vê-lo em confusões nos gramados do Brasil afora. Aos 39 anos, depois de cinco no Universitário, ainda tem bola para jogar bem no futebol peruano. Contreras é convocado com frequência para seleção peruana, tendo no currículo participações nas Eliminatórias para a Copa de 2010 e para a Copa a ser disputada no Brasil em 2014. No meio-campo o veterano John Hinostroza e o rodado Jesus Tragodara se desdobram na marcação para que Minzún Quina e Paolo de la Haza tenham mais liberdade para criar as jogadas ofensivas. 

Com experiência em países como Israel, Ucrânia e China, Paolo acumula mais de 30 convocações por Los Incas. Fernando del Solar, irmão de José del Solar, talvez tenha moral mais pelo sucesso de seu irmão mais famoso do que pelo próprio futebol. Para quem não se lembra, José treinou a seleção Blanquirroja de 2007 a 2009. No ataque El Azulceleste o matador é Roberto Jiménez, que marcou 11 gols no Descentralizado 2012, ficando a apenas quatro de Andy Pando, do Real Garcilaso, autor de 15.
Outro atleta que carrega a responsabilidade de balançar as redes é Piero Alva, que acumula 16 convocações para seleção desde 2000, mas só agora, aos 34 anos, conseguiu atender às expectativas depositadas em seu futebol, sendo mais importante na seleção. 

Ele é filho de Fernando Alva, ídolo do Universitário nos anos 60/70. Johan Sotil, filho de Hugo Sotil, meia que disputou as Copas de 70 e 78 e  jogou no Barcelona entre 1972 e 1977 é mais uma opção. Daniel Chávez, atual camisa 11 do Chelsea del Norte - cômica alcunha que os torcedores deram ao clube - surgiu bem em 2005, quando disputou o Mundial Sub-17. Em 2010 o jogador de 25 anos disputou alguns jogos das Eliminatórias para a Copa da África do Sul. Jogou por cinco anos na Bélgica e depois de uma rápida passagem pelo futebol romeno retornou ao seu país. Contudo, fica difícil dizer se o time será capaz de passar pelo Tolima. Para o futebol peruano seria maravilhoso ter mais um clube na segunda fase da Libertadores.




Defensor Sporting - URU x Olimpia - PAR

O Defensor conseguiu sua vaga na Libertadores 2013 por ter obtido a melhor pontuação agregada do Apertura e do Clausura 2011/2012. O time prometeu mais do que pôde conquistar, depois de vencer o Clausura, deixando Nacional e Peñarol para trás, La Viola foi mal no Apertura, a 6º posição impediu que o clube brigasse com os dois maiores do país até o fim. Dos males o menor, ao menos a vaga na competição mais desejada da América do Sul foi garantida. El Defe é considerado o terceiro maior time do país em nível de títulos. São mais de 20 títulos oficiais, a equipe também foi a primeira a vencer o campeonato uruguaio na era profissional depois de Nacional e Penãrol. Na tentativa de manter os bons trabalhos feitos por Pablo Repetto e Gustavo Díaz, o atual treinador Tabaré Silva tem uma difícil missão. Muito porque La Violeta não é um time com muitos destaques individuais, prima mais pela organização e jogo coletivo.

E para piorar a situação, os poucos jogadores de brilho na campanha que rendeu a vaga para a Libertadores saíram. Bryan Alemán, camisa dez e o organizador do time foi para o Unión de Santa Fé, que retornou a primeira divisão argentina. Perdeu a velocidade de Diego Rolán pelos lados, o jogador de apenas 19 anos foi para o Bordeaux, da França. La Farola perdeu também seu outro atacante, Matías Britos, autor de sete gols na campanha, foi para o Club León, do México. Ao menos o centroavante Ignacio Risso continua no time, ele que fez outros sete gols. O grandalhão é experiente, passou por países como Argentina, Espanha e Chipre. Aos 35 anos, com a saída dos jogadores citados, deve ser uma das referências do time. Pois o também veterano André Nicolás Olivera ainda joga uma bola redondinha, com 35 anos nas costas, Nico foi artilheiro do time com 11 gols, dois deles de pênalti.

Resta saber se os reforços que chegaram podem substituir os jogadores que saíram a altura. Para o gol chegou Martín Nicolás Campaña, para a defesa chegou Gonzalo Sorondo, para o meio-campo chegaram Aníbal Hernández e Ángel  Rodríguez, para o ataque chegaram o argentino Damián Oscar Luna e Álvaro Damián Navarro, ambos com 28 anos. Possuem experiência de sobra para suportarem as pressões que devem vir. Outros atacantes do time são ainda muito jovens e não possuem a cancha necessária para assumiram a titularidade. Isso vale para o brasileiro Felipe Gedoz e para o uruguaio Agustín Camacho, com 19 e 18 anos respectivamente. Quem deve ter um pouco mais de espaço é Maxi Callorda, de 22 anos. Resta saber se Sorondo vai conseguir se livrar das intermináveis lesões para ser realmente útil ao time. Os jogadores que chegaram, caso se entrosem rapidamente com os que ficaram, podem render bons frutos ao time. Assim esperam Mario Risso, Juan Amado, Nico Oliveira, Fleurquin, Diego Rodríguez e Ignacio Risso, os remanescentes.

Tri-campeão da Libertadores, Bi-campeão da Recopa Sul-Americana, campeão da Copa Intercontinental e 39 vezes campeão paraguaio, o Olimpia esteve muitos anos no ostracismo. De três anos para cá voltou a ser digno, o que é muito bom para o maior time do país. El Decano perdeu a dupla de ataque recente que fez barulho na Libertadores 2012, principalmente contra o Flamengo. Luís Caballero e Pablo Zeballos foram juntos para o Krylya Sovetov, da Rússia. Recentemente Zeballos foi contratado pelo Emelec, do Equador, para ser o maestro da equipe. Júlio César Cáceres, o colombiano Vladimir Marin e o argentino Maxi Biancucchi, peças importantes na espinha dorsal do Rey de Copas, também foram embora. Cáceres é aquele mesmo que passou por Atlético Mineiro, River Plate e Boca Juniors, foi para o Guarani paraguaio. Marín retornou para seu país, onde agora defende o Deportivo Cali. Maxi retornou ao Brasil, onde já defendeu o Flamengo, desta vez para defender as cores do Vitória.

Porém, o Expreso Decano foi ao mercado muito bem e montou um time com um conjunto mais forte que o do ano passado. Trouxe o argentino Juan Ferreyra, matador de 1,91 que foi muito importante na campnha que culminou com o título nacional do Barcelona de Guayaquil em 2012. Trouxe o experiente Tomás Guzman, que construiu toda a sua carreira no futebol italiano. Contratou o camaronês Guy Essame, o jogador da seleção camaronesa foi uma boa e interessante contratação. Um pouco fora dos padrões para o futebol sul-americano, é verdade. Repatriou Wilson Pittoni, que jogou o Brasileirão 2012 pelo Figueirense. E acertou com um dos destaques do último campeonato paraguaio, trata-se de Emanuel Biancucchi, irmão mais novo de Maxi. Emanuel foi bem com a camisa do modesto Independiente do Paraguai, lá era o camisa dez e fez seis gols. É bom que se diga, porque alguns poderiam pensar que ele conseguiu essa boa transferência por influência do irmão mais velho. E para quem não se lembra, Maxi e Emanuel são primos de Lionel Andrés Messi.

A meta franjeada ainda é muito bem defendida pelo uruguaio Martín Silva, rotineiramente chamado para a seleção azul celeste. A qual defendeu no Mundial Sub-17 em 1999, na Copa do Mundo em 2010 e na Copa América 2011. Bem servido no gol, o Olimpia não pode reclamar de sua defesa, que tem Júlio Manzur, ex-Santos. Os uruguaios Alejandro Silva e Sebastián Ariosa e o bom Enrique Meza. Alguns jogadores que já faziam parte do time ganharam mais espaço, isso vale para Fredy Bareiro, Juan Manuel Salgueiro e Arnaldo Castorino Mujica. O veterano Carlos Paredes consegue jogar em alto nível, aos 36 anos ainda tem qualidade. Curiosamente, alguns dos nomes citados ainda não aparecem disponíveis no "magnífico" site da Conmebol. É que até o ano passado apenas 25 jogadores podiam ser inscritos, partindo desse ano, 30 jogadores podem ser registrados, o que não foi devidamente atualizado no site. Enfim, camisa, história e tradição não faltam ao Olimpia, agora, se isso vai pesar ou não na competição só o tempo dirá!



Bolívar - BOL x São Paulo - BRA

Segundo time mais vencedor da Bolívia, o Bolívar conseguiu a vaga na Libertadores no playoff entre os terceiros colocados de Apertura e Clausura. Em 2004 foi o segundo time boliviano a disputar uma final internacional. Foi finalista da Copa Sul-Americana, dificultando muito a vida do Boca Juniors, que acabou campeão. O time atual está longe de assustar um adversário como o São Paulo, tomar de pouco já deve satisfazer La Academia. Os destaques do time treinado pelo espanhol Miguel Ángel Portugal no Apertura 2012/2013 foram Juan Carlos Arce, que não deixou saudades no Corinthians, Damir Miranda, Jhasmani Campos (esteve na base do Grêmio em 2005), Gerardo Yecerotte, o panamenho Luís Gabriel Rentería, Ruddy Cardozo e o paraguaio Ever Cantero. Juntos, fizeram 38 gols, percebe-se que não se trata de um time com um destaque individual latente.

Renteria e Cantero deixaram o clube, Damián Lizio, baixinho habilidoso retornou para Argentina onde defende o Unión de Santa Fé. Chegaram o atacante uruguaio William Ferreira, o lateral-esquerdo Leonel Morales, que estava no Universitário de Sucre, o meia argentino José D'Angelo. No mais subiram alguns jovens das categorias de base. No gol o argentino Marcos Argüello continua titular intocável. Contudo, não parece ser um time capaz de derrotar o São Paulo. Caso aconteça uma goleada acachapante, não será surpresa alguma.

Tri-campeão da Libertadores, o São Paulo manteve praticamente todo o elenco da temporada passada. A perda mais sentida com certeza é de Lucas. Mas essa, todos sabiam desde julho do ano passado. Conquistou a vaga por ter sido campeão da Copa SulAmericana 2012, a quarta colocação no Campeonato Brasileiro já lhe daria essa vaga. Saíram outros jogadores menos utilizados, casos de Bruno Uvini, o paraguaio Iván Piris, Paulo Assunção retornou para a Espanha,  Cícero foi para o Santos, Casemiro para o Real Madrid B (Castilla), Dener foi emprestado ao Guarani, Fernandinho foi para o futebol árabe e Willian José foi para o Grêmio.

O Tricolor batalhou muito para contar com os serviços do chileno Eduardo Vargas, que brilhou muito pela Universidad de Chile em 2011, mas que não se firmou na Itália, onde defendia o Napoli. O clube paulista ficou irritado com o leilão que o clube italiano estava fazendo, muito para recuperar parte do investimento que fez e não teve retorno. Sem Vargas, que seria um substituto interessante para Lucas, o São Paulo acabou fechando com Wallyson, ex-Cruzeiro. Como o atleta se recupera de uma séria contusão, fica difícil saber se ele pode ser o jogador que o São Paulo precisa. Em forma, com certeza pode ser muito útil jogando pelos lados.

O Soberano acertou também com Breno, ex-Bayern, mas como ele continua preso na Alemanha não teve como assinar o contrato. Acusado de incendiar a própria casa, Breno chegou a esse extremo após entrar em depressão pelas seguidas lesões que não o deixavam jogar em alto nível.  Assim que for liberado, deve retornar ao Brasil e jogar pelo time do Morumbi. Thiago Carleto retornou de empréstimo ao Fluminense e pode ser útil na lateral-esquerda. Para o ataque chegaram ainda Aloísio - que fez ótimo Campeonato Brasileiro pelo Figueirense em 2012 - e Negueba.

Ex-Flamengo, Negueba é bem conhecido pelo treinador Ney Franco, com quem trabalhou nas seleções de base. Infelizmente o rápido jogador se contundiu seriamente o joelho e vai demorar cerca de seis meses para se recuperar. Ele, assim como Wallyson, poderia ser uma solução para jogar no 4-2-3-1 de Ney Franco. Sem poder contar com os dois atletas, Ney tem escalado Aloísio nessa função. Apesar de não ter as características necessárias para desempenhar esse papel, o baixinho vem agradando.

No Figueira ele jogava como centroavante, mas rende bem como segundo atacante. O treinador chegou a escalar o argentino Marcelo Cañete nessa função e acabou gostando do desempenho do hermano. Não podemos esquecer que o Tricolor Paulista trouxe Lúcio, zagueiro que apesar de contestado por muitos, foi titular da Seleção Brasileira durante muitos anos. Disputou três Copas do Mundo e tem experiência de sobra para ser a referência defensiva que o time precisa. Enfim, elenco o São Paulo tem de sobra, assim como tradição na Libertadores. Agora, se isso será o bastante para ser campeão pela quarta vez, só saberemos na prática.




Deportes Iquique – CHI x Club León - MEX


O Deportes Iquique foi fundado em 1º de maio de 1978, após a união de clubes amadores da região, incluindo Cavancha e Estrella de Chile, este último depois de ser campeão amador do Chile. A base desse time campeão foi usada para participar da Segunda División de Chile em 1979, em que ganhou faltando duas rodadas para acabar, ficando invicto em casa. Seu maior rival é o San Marcos de Arica, que retornou a primeira divisão nesta temporada. Encontra-se na 14º colocação no atual Torneo Transición 2013.
Em 2012 os responsáveis por comandar o Iquique foram o argentino Diego Musiano e o nativo Fernando Vergara. Quem assumiu depois deles foi o também argentino Christian Díaz.

Os Dragones Celestes perderam alguns jogadores importantes na temporada passada. São os casos dos zagueiros José Prieto, Sebastián Toro e  Boris Rieloff. O goleiro paraguaio Cristian Limenza, de 36 anos, foi para o Santiago Morning. Também deixaram o clube os meio-campistas Arturo Sanhueza, Rodrigo Meléndez, o argentino Leandro Coronel e Eduardo Otárola. No ataque o time perdeu Jaime Grondona e Álvaro Ramos, que marcaram poucos gols. O artilheiro do time no Apertura foi o paraguaio Cristian Bogado, que continua no clube. Com as saídas de Ramos e Grandona, Rebolledo, Villalobos e Monje terão mais espaço para mostrar serviço. O argentino Rodrigo Díaz, camisa dez e principal armador da equipe também continua.

Outas opções ofensivas são o argentino Sebastián Ereros e o colombiano Jorge Ramos, Misael Cubillos e Abraham Vargas subiram da base e devem apenas completar o elenco. Chegaram reforços pontuais, para a defesa foram contratados Nicolás Ortíz, o argentino Fernando Grabinski e Álvaro Ormeño. Para o meio chegaram o argentino Juan Fernández e Fernando Marínquez. Ramos, citado acima, veio do Santa Fé, atual campeão colombiano, os torcedores depositam boas expectativas nele. Enfim, Los Dragones possuem um time experiente, a média de idade é de 26,14 anos. Talvez a baixa estatura dos jogadores seja uma dificuldade a mais, na média o time fica no 1, 78 m. Estreante na Libertadores, chegar nos mata-matas para eles está de bom tamanho. Contra o León, as chances de conseguirem a classificação para a segunda fase são boas.

Conhecido simplesmente como Léon, é um popular clube mexicano de futebol profissional, com sede na cidade de León, no estado Guanajuato, México. O León ganhou o título da Primera División mexicana cinco vezes: 1948, 1949, 1952, 1956 e 1992. Tornou-se o pirmeiro clube mexicano Campeoníssimo, como dizem lá no México, após vencer a Copa e o Campeonato mexicano no mesmo ano, 1949. Em 1993, O León foi vice-campeão da Liga dos Campeões da Concacaf - apelidada de Concachampions atualmente - perdendo o jogo final contra o Deportivo Saprissa, um dos gigantes do futebol da Costa Rica. Infelizmente, os Esmeraldas foram rebaixados para a segunda divisão mexicana em 2002. Por lá permaneceram por dez anos, em sua primeira temporada de volta a primeira divisão, conseguiram a terceira posição e a vaga na Libertadores.

Os principais goleadores do time treinado pelo uruguaio Gustavo Matosas são seus conterrâneos Sebastián Maz e Matías Britos, juntos fizeram 15 gols na campanha. Na defesa os Panzas Verdes contam com Rafael Márquez, ele mesmo, que defendeu Monaco, Barcelona e New York Red Bulls. O zagueiro é a referência do time. Jonny Magallón, que durante muitos anos defendeu as cores do Chivas, faz parte do elenco. Ele também tem experiência com a camisa da Seleção Mexicana, que defendeu nas Copas Ouro de 2007 e 2009, Copa América 2007 e na Copa do Mundo em 2010. No meio-campo os jogadores que dão as cartas são o camisa dez Luis Montes, Carlos Peña e os colmobianos Hernán Burbano (que joga com a camisa 1) e Eisner Loboa. Para fortalecer o ataque chegou Nery Castillo, aquele mesmo que defendeu o Olympiacos, da Grécia, passou sem tanto sucesso por Shakhtar Donetsk e Manchester City.

Depois de passagens rápidas por Dnipro (Ucrânia), Aris (Grécia), Colorado Rapids (Estados Unidos) e Pachuca (México) ele reforça o León. Talvez um dos motivos de sua chegada possa ser o treinador, que é uruguaio, assim como o pai de Castillo. El Diablo tem passaporte uruguaio e mexicano, mas optou por defender o México, onde nasceu.  Além dele, outro colombiano chegou para aumentar as opções de Matosas. Yovanny Arrechea veio do futebol chinês, aos 30 anos, tem boa bagagem. Passou pelo futebol argentino, já defendeu Millonarios, América de Cali, Santa Fé e Atlético Nacional, todos clubes grandes na Colômbia. Contudo, resta saber qual será a prioridade do time, não é incomum ver clubes mexicanos mandarem times mistos ou até mesmo reservas para os jogos da Libertadores. Na maioria dos casos, priorizando a Concachampions ou até mesmo o campeonato mexicano. Veremos o que acontece!