quinta-feira, 13 de junho de 2013

AFC Champions League - Grupo C


Time Base: 


Treinador: Aleksandar Ilić

Fundado em 1937 como Al-Thaghar, o atual Al-Ahli é um dos maiores clubes da Arábia Saudita. Localizado na segunda maior cidade do país, Jeddah (Jidá ou Jedá em português), o time verde e branco já foi campeão nacional duas vezes. Ganhou a Copa da Coroa do Príncipe em cinco oportunidades e por dez vezes conquistou a Copa do Rei Árabe. Sem contar a Copa da Federação Saudita e a Copa dos Campeões sauditas, vencida três e uma vez, respectivamente. Os títulos internacionais mais importantes foram a Copa dos Campeões Árabes (1) e a Copa do Golfo (3). Na AFC Champions League a melhor colocação na história do clube foi na temporada 2011/2012, quando alcançou o vice campeonato, perdeu de 3 a 0 para o Ulsan Hyundai, da Coreia do Sul.
 
O Fortaleza de Troféus, como é chamado por seus torcedores, era treinado por Karel Jarolím, tcheco que tem como maiores feitos o bicampeonato com o Slavia Praga nas temporadas 2007/2008, 2008/2009 e o título eslovaco de 2010/2011 a serviço do Slovan Bratislava. Curiosamente, mesmo com os bons resultados na CL, ele acabou demitido. Para seu lugar veio o sérvio Aleksandar Ilić que já havia treinado o clube durante uma parte da temporada 2010/2011. Todo o restante da comissão técnica - inclusive o coordenador  - é formada por portugueses.  O Al Ahli tem muitos jogadores, a grande maioria, formados no clube, possuem identidade com o time que defendem, coisa rara no futebol atual tão globalizado. No gol, apesar de mais jovem, Abdullah Al Maiouf leva a melhor sobre Yaser Al-Moisalem, goleiro de 29 anos que disputou as eliminatórias para a Copa de 2010 e foi convocado algumas vezes nas atuais. 

 Na defesa o colombiano Jairo Palomino forma dupla com Waleed Rashid e Aqeel Al Sahbi e Mansour Al-Harbi fazem as laterais. Outro destaque defensivo é Osama Hawsawi, um dos principais jogadores não só do Al-Ahli, como da seleção local. Nascido em Ras Al-Khaimah, nos Emirados Árabes Unidos, cresceu na Arábia Saudita, por isso naturalmente optou por defender a seleção saudita. Canhoto, alto, joga como lateral esquerdo, quarto zagueiro e volante. Por essas qualidades esteve no futebol belga, onde defendeu o Anderlecht e seria campeão nacional na temporada 2012/2013, saiu antes, mas participou da conquista. Completando o meio, Kamil Al Mousa já vai para seu terceiro ano de clube e está na seleção saudita. Taisir Al-Jassim já está há dez temporadas no clube, é o capitão, tem muita moral, outro selecionável. 

Fechando a trinca, quem veste a dez é o brasileiro Bruno César, que depois de passar pela base do Bahia, do Palmeiras, do São Paulo e do Grêmio, quase viu sua carreira de jogador ir para o ralo quando defendia o Canoas Sport Clube. Depois de breve passagem pelo Noroeste, foi no Santo André que conseguiu se destacar e chamar atenção de um clube grande. Contratado pelo Corinthians no primeiro semestre de 2010, fez ótimo Campeonato Brasileiro nesse ano. O que chamou atenção do Benfica, que o levou para Portugal no primeiro semestre de 2011. Lá ele até que não foi mal, chegou a seleção brasileira principal com méritos. Curiosamente aceitou se 'esconder' no futebol árabe aos 24 anos. Dá até para entender a cabeça dele, dispensado de quatro clubes grandes do Brasil na base, optou mais pelo lado financeiro do que pela carreira. 

O ataque é formado por mais dois estrangeiros, o brasileiro Victor Simões, folclórico atacante bem conhecido da torcida do Botafogo e Imad Al-Hosni, que apesar de ter nascido em Khaberon, na Jordânia, defende a seleção de Omã, atual sensação das eliminatórias asiáticas. Um dos jogadores que os torcedores depositam mais expectativas entra com frequência no time, trata-se do meia Mustafa Al-Bassas, que disputou o Mundial Sub-20 2011, na Colômbia. O argentino Diego Morales chegou do Tigre, mas ainda não mostrou a que veio e pouco jogou. 

O Al Ahli tem um bom conjunto, a meta é chegar a final novamente, só que dessa vez para levantar o caneco!


 Time Base: 


Treinador: Habib Sadegh

Fundado em 6 de junho de 1979 como Al-Ittihad, que significa união em árabe, o Al-Gharafa foi rebatizado em 2004 para melhor representar o distrito ao qual pertence. Conquistou a liga do Catar em sete oportunidades, venceu a Copa do Emir seis vezes, ganhou a Copa do Príncipe do Catar e a Recopa do país uma vez cada. Sua melhor colocação na história da CL foi um terceiro lugar em 2002/2003, a melhor participação recente foi em 2010, quando chegou até as quartas. Paulo Silas, mais conhecido no Brasil pelo seu sobrenome, era o treinado do Al-Gharafa desde 2011/2012, depois de ganhar notoriedade no país treinando o Al Arabi SC. Hoje Silas é treinador do Náutico, que deve brigar para não cair no Brasileirão 2013. Para o lugar de dele chegou o francês Alain Perrin, que largou o comando da seleção do país para assumir o endinheirado time amarelo e azul de Doha. 

Perrin não durou muito no cargo, hoje o comandante é o tunisiano Habib Sadegh, que mudou um pouco o time. Com o técnico francês os estrangeiros eram titulares, inclusive os africanos naturalizados, Sadegh deu uma sacodida na rapaziada. No gol o titular é Qasem Burhan, está no catar há dez anos, presença certa na seleção do Catar. Seu reserva imediato é Abdulaziz Ali, experiente goleiro de 33 anos, disputou as eliminatórias para a Copa da África do Sul, em 2010. Mohammed Abdulaziz é o terceiro goleiro. A defesa é formada por Ibrahim Al Ghanim, lateral-direito da seleção. Por Meshal Mubarak, que apesar de ter apenas 1,69 também joga de zagueiro. Pelo ganês/sudanês George Kwesi e por Bilal Mohammed, um dos melhores zagueiros do país. 

No meio o volante pegador é o ganês naturalizado catariano Lawrence Quaye, que tem um pouco mais a frente o australiano Mark Bresciano e os brasileiros Alex, ex-Guarani, Internacional e Corinthians e Nenê, ex-Paulista, Palmeiras, Santos e PSG. No ataque Djibril Cissé por muitas vezes esteve muito isolado, ou tendo ao seu lado um meia improvisado, Jawad Ahnash. O Al-Gharafa liberou Diego Tardelli para o Atlético Mineiro, foi uma negociação difícil, mas no fim que sorriu foi a torcida do Galo. Outro atacante brasileiro liberado para o futebol brasileiro foi Edmilson, que formou uma bela dupla com Vagner Love no Palmeiras, quando o Verdão estava na Série B. Depois de oito anos no Japão, teve uma passagem pelo próprio Al-Gharafa, depois de um empréstimo ao FC Tokyo, retornou e agora está no Vasco da Gama. 

Como o leitor pode perceber, os xeiques não economizam para manter o time forte para disputar os títulos. Com as saídas dos dois atacantes brasileiros, chegou outro brasileiro, Afonso Alves, aquele mesmo convocado por Dunga após fazer inúmeros gols na fraca Eredivisie (Campeonato Holandês). Outras opções para fazer dupla com Cissé são o iraquiano Omar Mahmoud Khalaf, o sérvio Đorđe Rakić e Waleed Hamzah. Como o empréstimo do atacante francês acaba, não se sabe ao certo se ele fica, fato é que com certeza ele não vai querer retornar ao Queens Park Rangers, rebaixado na Premier League inglesa. Além de Afonso, outro reforço chegou, Harry Kewell, australiano que fez muito sucesso na Inglaterra, principalmente no Leeds United, no começo de sua carreira, quando formou dupla memorável com seu conterrâneo Mark Viduka. 

Outros estrangeiros do elenco são os bareinitas Huthaifa Al Salemi, Mohamed Bader Sayyar e o egípcio Yousief Ramadan, todos com menos de 23 anos. Ahmed Shami, Ali Juma, Majdi Siddiq e Fahid Al Shammari são outros nomes relevantes no time. A meta com certeza é o titulo, elenco não falta, resta saber se não teremos uma fogueira das vaidades num time com tantas estrelas.




Time Base: 


 Treinador: Zlatko Kranjcar

O Sepahan, da cidade de Isfahan, pode ser considerado a terceira força do futebol do Irã atualmente, quase sempre é um dos representantes do país na AFC Champions League. Fundado em 1953, o Sepahan foi a primeira equipe fora da capital, Teerã, a conquistar a liga nacional. Os grandes gigantes do país são os rivais Esteghlal e Persépolis. A melhor colocação do clube até hoje na CL foi o vice campeonato na temporada 2006/2007, perdeu para o Urawa Red Diamonds, do Japão. Apesar da derrota, conseguiu uma vaga para o Mundial de Clubes, tornando-se também o primeiro time do país persa a disputar essa competição. 

O time atual não possui grandes estrelas do futebol local, até mesmo os reforços estrangeiros não são tão conhecidos. A grande estrela do Sepahan está no banco, se chama Zlatko Kranjcar, que apesar de ter em seu currículo apenas duas Copas da Croácia, treinou a seleção do país na Copa de 2006. O também ex-treinador da seleção de Montenegro costuma escalar Shahab Gordan no gol. O guarda-redes é um dos encarregados a fechar o gol da seleção do Irã. Mohammad Sadeghi, de 24 anos,  é seu reserva imediato e o arqueiro Mohammad Naseri é a terceira opção. 

Na linha de quatro defensiva o titular pela direita é o baixinho Abolhassan Jafari, a entrosada dupla de zaga é formada por Farsheed Talebi e Mohamad Ahmad, na esquerda o dono da posição é o lateral da seleção Ehsan Hajsafi. O australiano descendente de sérvios, Milan Šušak, quando entra joga no lugar de Ahmad ou de Jafari, quando Kranjcar prefere armar o time mais defensivo ele entra no lugar do lateral. Moharram Navidkia é o volante da contenção, quando não joga Omid Ebrahimi faz essa função. Hossein Papi nem sempre é titular, mas entra bastante no time. Ahmad Jamshidian muita vezes tem a moral de ser o capitão do time. Quem é titular absoluto na armação é o albanês Ervin Bulku, importante demais para seleção de seu país. 

O jovem Amin Jahan Alaminan, de apenas 21 anos, tem ganhado oportunidades e não tem decepcionado os adeptos. No ataque Xhevahir Sukaj, conterrâneo de Bulku tem sido titular mais vezes, não que ele seja indiscutível, mas é quem mais joga. Ao seu lado quem joga é Mohamad Khalatbari, o rápido atacante de 29 anos é presença constante na seleção iraniana. Mohamad Gholami e o sérvio Radomir Đjalović são os outros atacantes que se revezam na missão da fazer os gols do Sepahan. De todo modo, duro vai ser enfrentar os petrodólares dos adversários nesse grupo. 

Será que vinga?



 Time Base: 


 Treinador: Walter Zenga

Em 1945 o futebol chegou a Dubai através de soldados britânicos que praticavam o futuro esporte mais popular do mundo. Batizado como Al Ahli, em 1960 o clube mudou sua nomenclatura para Al-Nasr, que significa vitória em árabe. Três vezes campeão da liga e da Copa nacional a Onda Azul quer crescer mais domesticamente e tem planos de ser um sucesso internacionalmente. Como você leu aqui, o Al-Nasr não economizou ao trazer Sven-Göran Eriksson para ser o coordenador técnico e Walter Zenga para ser o treinador. Inclusive até contratou jogadores indicados pelo ex-goleiro italiano, Morimoto e Mascara, pra ser mais específico. Só que o sueco resolveu aceitar a tentadora proposta ($$$) do Guangzhou R&F, da China, clube que treinará daqui para frente. 

Apesar dos investimentos, o material humano local ainda é muito ruim, falando tanto em termos técnicos como físicos, o jogadores são franzinos e ingênuos. A intenção clara do clube é trabalhar bem a base, até por isso muitos jovens estão sendo preparados não só para o clube, como também para a seleção, tudo em busca de melhorar o nível técnico visto por lá. No gol, Zenga escala Ahmed Shambieh, que tem apenas 19 anos e disputou o Mundial Sub-17 em 2009, na Nigéria. Seu reserva imediato é Abdulla Abdulghafoor, que também é muito jovem, 20 anos. O treinador italiano até tem uma opção mais experiente, Abdulla Moosa é rodado, tem 33 anos. Mas como a intenção é pensar no futuro, ele pouco joga. Outros três goleiros bem jovens fazem parte do elenco, exagero! Abdullah Hassan, Ali Al Amir e Belal Jumah precisarão de muita paci~encia até a oportunidade surgir.

Zenga gosta de um 3-5-2 tipicamente italiano, seus zagueiros preferidos são Helal Saeed, Mahmoud Darwish e Rashid Malullah, todos bem rodados no futebol local. Quando um deles não pode jogar os mais utilizados são Khaleefa Mubarak, Khamis Ahmed e Khaled Mohammed. Ahmed Moadhed é o cara responsável pelo primeiro bote no meio. Auxiliado por Essa Ali e Humaid Abbas, que deixam Léo Lima e Habib Fardan para criar. Abdulla Mubarak e Hasan Al-Mahazaa são os suplentes mais utilizados por Zenga no meio-campo. O ataque é formado pelo brasileiro Bruno Correa e o italiano Giuseppe Mascara, em várias oportunidades o treinador recuou Peppe e escalou Morimoto ou Ahmed Younis, sendo mais ofensivo. Hassan Mohamed e Jamil Hussain entram com menos frequência, jovens ainda, com certeza aprendem muito.

Vai, Al-Nasr!


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