quinta-feira, 7 de março de 2013

Copa Libertadores 2013


A Libertadores 2013 chega com muitas novidades, times que participam pela primeira vez, mudanças no regulamento. Finalmente os cartões amarelos passam a suspender os jogadores, antes o clube do atleta infrator tinha que pagar apenas uma multa. Para melhorar a logística e facilitar a vida dos visitantes e da imprensa, estádios a mais de 100 km dos aeroportos serão excluídos. Ainda que isso não funcione na prática, ao menos parece que a Conmebol sinaliza que muito vai mudar. É o que os amantes do futebol sempre exigem, afinal, problemas no futebol sul-americano são corriqueiros. Brigas de torcidas, visitantes tratados com truculência, não só da torcida, como também de pessoas que não primam pela cordialidade. Estádios sem iluminação artificial obviamente não podem receber jogos, até porque as partidas dessa tão aclamada competição acontecem no meio da semana, sendo assim, jogos durante o dia não seriam apropriados.

Segundo consta no regulamento, estádios com até 20 mil lugares podem ser utilizados da primeira fase até as semifinais. Para a grande decisão a entidade máxima do futebol sul-americano exige 40 mil lugares. Ainda que recentemente o atual campeão tenha decidido o título num estádio que não chega a 38 mil lugares. Ou até mesmo podemos lembrar que o Santos jogou a Libertadores de 2011 até as semifinais no estádio Urbano Caldeira, a popular Vila Belmiro, que tem pouco mais de 16 mil lugares. Se voltarmos no tempo e lembrarmos a final de 2005, o Atlético - PR não pôde receber o jogo em seu estádio. Precisou viajar até Porto Alegre, onde recebeu o São Paulo no estádio Beira-Rio. Isso prejudicou bastante o clube paranaense, que ainda que não tivesse um estádio com a capacidade exigida, tinha uma arena bem moderna e confortável para os padrões brasileiros. Sendo assim, as pessoas que administram a instituição Conmebol poderiam utilizar o bom senso e deixar que o jogo acontecesse na Arena da Baixada. Não foi o que aconteceu.

Nessa edição 2013 inúmeros clubes irão mandar seus jogos em estádios acanhados e longe da capacidade que se pede no regulamento. O caso mais emblemático é do Libertad, do Paraguai, que curiosamente é o time do presidente da Conmebol, Nicolás Leoz. O clube albinegro mandará seus jogos no estádio que foi batizado com o nome do dirigente citado. Detalhe, com capacidade para apenas 10 mil pessoas, o que chega a ser uma piada.  O Sporting Cristal, do Peru, mandará seus jogos no estádio San Martín de Porres, com capacidade para 18 mil pessoas, aceitável. Ao contrário do que acontecerá com o atual campeão chileno, Huachipato. Que manda seus jogos no estádio CAP, com apenas 10.550 lugares. Porém, trata-se de um estádio bem administrado e organizado. E o bom senso que não existiu em 2005 desta vez será aplicado. O Arsenal de Sarandí, clube do presidente da Associação de Futebol Argentino (AFA), mandará seus jogos no estádio Júlio Alberto Grondona, com capacidade para pouco mais de 16 mil pessoas.

Como se não bastasse, o Deportes Iquique, do Chile, estreante na competição, mandará seus jogos no estádio Tierra de Campeones (nome sugestivo), com capacidade para míseros 9.500 torcedores. O Olímpia, tri-campeão da Libertadores, mandará seus jogos no modesto estádio Manuel Ferreira, com lotação máxima de 15 mil espectadores. Pode-se perceber que em alguns casos dá para aceitar, em outros o famoso jeitinho brasileiro será usado internacionalmente. E como foi dito no começo, alguns clubes estreiam esse ano na competição mais importande das Américas. Além do Deportes Iquique - CHI, Real Garcilaso - PER, Deportivo Lara - VEN, León - MEX e Tigre - ARG também encaram a Libertadores pela primeira vez. E com o intuito de facilitar a tarefa de quem pretende acompanhar a edição 2013 com afinco, o Bateu é Gol fará um roteiro completo de cada grupo da competição e as particularidades de cada time.

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