quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Campeonato Brasileiro - Resumo do Primeiro Turno - Cruzeiro

Cruzeiro Esporte Clube

Time base: 
Treinador: Celso Roth

Antes comandado por Vágner Mancini, o Cruzeiro até que olhou bem para o mercado dentro de suas limitações atuais. Contratou o lateral-esquerdo Gilson, que apesar do rebaixamento, foi um dos bons nomes do América Mineiro em 2011. Acertou também com Marcos, lateral-direito que se destacou com o Bahia, muito bom em jogadas de bola parada. Do Coelho veio também Amaral, volante de marcação viril, mas que com a camisa verde e preta até que se saiu bem, inclusive fazendo belos gols de falta ou de chutes de fora da área. O Cruzeiro trouxe os zagueiros Mateus, foi bem na Portuguesa, Rafael Donato, se destacou no Bahia, manteve o uruguaio Mauricio Victorino, que é bom zagueiro. Todos eles brigando para ver quem forma a zaga com Léo. Como no futebol não se vive só de acertos, a Raposa decidiu apostar em Alex Silva, o popular pirulito. Inteiro é um bom zagueiro, mas todos sabem que os problemas crônicos nos joelhos o impedem de jogar tudo o que pode. Não deu outra, mal chegou já se contundiu novamente.

No gol o Cruzeiro está muito bem servido há anos, Fabio é goleiro de seleção e merecia mais chances com Mano Menezes. Para o meio-campo, o Cruzeiro contratou Rudnei, Souza e Tinga. Dois veteranos já consagrados e um possante volante indicado por Mancini. Também pudera, Rudnei jogou muito com a camisa do Ceará em 2011. Mais tarde ainda chegaram Willian Magrão e Sandro Silva, o primeiro foi bem no Grêmio e na Ponte Preta, joga na zaga e no meio. O segundo, além de marcar muito bem, tem velocidade e sabe criar boas jogadas pelas alas. Charles retornou do Lokomotiv da Rússia, mas nem de longe lembra aquele jogador que se destacou ao lado de Ramires no biênio 2007/2008. Parece muito pouco para um clube do tamanho do Cruzeiro não? O maior reforço foi mesmo a permanência do argentino Walter Montillo. O clube mineiro recusou propostas de São Paulo, Flamengo e Corinthians. Montillo chegou até a dar entrevista dizendo que queria jogar pelo Timão. Mas o presidente Gilvan de Pinho Tavares manteve o pulso firme e segurou o jogador, não antes daquele belo aumento salarial.

E o ataque? Desculpem os cruzeirenses, mas ao olhar as opções: Wellington Paulista, Fabinho, Anderson Lessa, Walter, Anselmo Ramon e Bobô. Dá vontade de chorar não? Isso sem citar Wallyson, que passa longe dessa lista de caneludos. Menos mal que a diretoria conseguiu contratar Borges, insatisfeito no Santos. Aproveitou bem o rebaixamento do Villarreal na Espanha e conseguiu contratar Alejandro Martinuccio que pertencia ao Fluminense. Mas os problemas burocráticos e contusões impediram que o argentino entrasse em campo. Emílson Cribari, Gilson, Bobô, Andersson Lessa, Amaral, Rudnei, Jackson e Walter não eram do agrado de Celso Roth, hoje já nem fazem mais parte do elenco. Cribari e Bobô chegaram ainda em 2011 e sofreram muito na luta contra o rebaixamento. Lessa vive sendo emprestado desde que o Cruzeiro comprou seu direitos federativos, Rudnei rumou para o futebol russo, Bobô retornou para a Turquia, onde é respeitado. Walter apareceu muito bem com a camisa do Internacional, foi negociado com o Porto, mas em Portugal acabou perdendo o foco. O Cruzeiro apostou em sua recuperação, mas logo viu que os problemas com a balança eram mais sérios do que se pensava. Assim o outrora promissor atleta, está jogando a Série B pelo Goiás!

Com a aposentadoria de Roger, a qualidade caiu muito ali no meio do time celeste. A torcida gosta muito do prata da casa Élber, grita seu nome muitas vezes quando sente que falta qualidade na armação das jogadas. Fabinho se destacou no Paulistão pelo Guarani, mesmo assim, não é jogador do nível que o Cruzeiro precisa. Fábio Lopes veio do Japão, onde defendia o Cerezo Osaka, mas até aqui pouco jogou. Muitos criticam Celso Roth, mas se hoje a Raposa tem chances de beliscar uma vaguinha na Libertadores 2013, os méritos maiores são do treinador gaúcho, que vem tirando leite de pedra. O começo com dois empates sem gols mostrou que as coisas não seriam fáceis. Mas algumas vitórias consecutivas iludiram aquele torcedor que não acompanha com tanto afinco. Mas quando as derrotas consecutivas vieram as deficiências do time ficaram escancaradas. Resta agora aos torcedores, rezar para que Martinuccio jogue um futebol parecido com o que jogou na Libertadores 2011 e que Wallyson recupere a boa fase, não é fácil depois da grave contusão que sofreu. E aí, será que pega uma vaga na competição mais importante da América do Sul?


Nenhum comentário:

Postar um comentário