quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Campeonato Brasileiro - Resumo do Primeiro Turno - São Paulo



São Paulo Futebol Clube

Time base:



Treinador: Emerson Leão - Milton Cruz - Ney Franco

No começo, comandado por Emerson Leão, o São Paulo não conseguia manter uma regularidade aceitável para o nível de competição do Campeonato Brasileiro. Na estréia contra o Botafogo, no Rio, o time vinha bem, dominava amplamente o adversário. Vencendo por 2 a 1 fora de casa, parecia a estreia dos sonhos, mas no fim, o placar de 4 a 2 foi um pesadelo. Leão, como não poderia ser diferente, esbravejou e disse que seu time perdeu para uma equipe inferior. Na rodada seguinte, jogando no Morumbi, o Tricolor fez a lição de casa, mesmo sofrendo mais do que o esperado, bateu o Bahia por 1 a 0. Depois nova derrota fora, desta fez para o Internacional, 1 a 0 para os gaúchos. Conseguiu duas vitórias consecutivas pelo placar mínimo contra Santos e Atlético Mineiro, enfrentou ambos jogando sob seus domínios. Apesar dessas vitórias, percebe-se que os placares não foram tão convincentes, o que não agradava diretoria e torcida. Foi então que a derrota por 1 a 0 contra a Portuguesa foi a gota d'água. Lembrando que a relação Leão/diretoria já não era das melhores, depois que a cúpula Tricolor decidiu afastar o zagueiro Paulo Miranda, sem consultar o treinador, que de fato é quem escala o time.

Na sétima rodada quem assumiu o time para enfrentar o Cruzeiro foi o eterno auxiliar Milton Cruz. Jogando com três zagueiros, a equipe paulista acabou saindo vencedora em um jogo emocionante, cheio de alternativas, cujo placar foi 2 a 3 para o visitante. Em seu primeiro jogo no comando do São Paulo, Ney Franco já tentou dar uma cara nova ao time. Luis Fabiano estava machucado, ainda assim, a dupla formada por Lucas e Osvaldo deu conta do recado e derrotou o Coritiba sem maiores problemas. Naquele dia Rodrigo Caio jogou em sua posição de ofício, que é volante. Ele que já foi utilizado tantas vezes como lateral-direito. É normal que um time ainda em formação oscile, foi exatamente isso que aconteceu. Enquanto Ney ia ajustando o time de acordo com suas preferências o campeonato não parava. Assim o empate contra o Palmeiras e a derrota para o Vasco em São Januário foram resultados normais. Devagar o treinador mineiro foi armando o time em um 4-2-2-2 típico brasileiro, em outros momentos escalou um losango, com Denilson à frente da zaga, Cícero pela esquerda, Maicon pela direita e Jádson mais centralizado. Mas foi na primeira opção que o time parece ter se acertado melhor. Com a chegada de Rafael Tolói, vindo do Goiás, Rhodolfo pôde voltar a atuar onde rende melhor, do lado esquerdo da defesa. Com Edson Silva ele tinha que jogar pela direita, com três zagueiros jogava centralizado, quando Paulo Miranda entrava aí sim ele podia jogar onde se sai melhor.

Com Luis Fabiano machucado, o garoto Ademilson entrou e não decepcionou, inclusive fazendo gols importes. Como um dos gols da vitória contra o Figueirense em pleno Orlando Scarpelli. Em seguida o São Paulo viajou para Goiânia, onde enfrentaria o Atlético Goianiense, que apesar de estar na zona de rebaixamento vinha fazendo boas partidas. Mas nem o mais fanático torcedor do Dragão imaginaria que ao fim do primeiro  tempo seu time estaria vencendo por 4 a 0. Veio a segunda etapa, o time goiano voltou mais leve, a fim apenas de administrar o resultado. O tiro quase saiu pela culatra, pois o time paulista melhorou e diminuiu o placar, no fim, o 4 a 3 ao menos manteve a honra. E com sangue nos olhos, no jogo seguinte o São Paulo devolveu os gols sofridos contra o Dragão para o Urubu. O Flamengo não viu a cor da bola. Contra o Sport, Magrão não queria deixar o Tricolor balançar as redes, fez defesas espetaculares. Mas de tanto insistir o São Paulo conseguiu furar a retranca do time pernambucano, o gol foi de Ademilson, já perto do fim do jogo.Toda vez que parece que o São Paulo vai engrenar, ele empaca. As três derrotas seguidas para Fluminense, Grêmio (em casa) e a goleada sofrida contra o Náutico nos Aflitos exemplificam bem. Ah, bom lembrar que o titular no gol enquanto Rogério Ceni se recuperava da lesão no ombro foi Denis. O goleiro reserva falhou inúmeras vezes neste campeonato, a volta do ídolo acalmou boa parte dos torcedores.

E para se recuperar de resultados tão ruins, o São Paulo tinha a Ponte Preta a receber no Morumbi. E o time de Campinas pagou os pecados que não eram seus e teve que ir para casa com um 3 a 0 incontestável. Mesmo não contando com Rhodolfo e Douglas, Ney Franco escalou o time no 4-2-2-2 como já foi comentado acima. Paulo Miranda foi o lateral direito, Tolói e Edson Silva formaram a zaga e Cortês foi o lateral esquerdo. Na frente da defesa uma dupla muito forte na marcação, Denilson e Paulo Assunção. Com dois meias, Maicon e Jádson, dois atacantes, que contra a Ponte foram Ademílson e Lucas. Para fechar o primeiro turno, o São Paulo tinha pela frente nada mais nada menos do que o Corinthians. E o jogo seria no Pacaembu, local onde os tricolores não venciam o Corinthians há sete anos. Após ser massacrado pelo Corinthians no primeiro tempo, aos seis já perdia e sofria uma grande pressão. O São Paulo teve méritos ao suportar a pressão e com as poucas chances que teve definiu com uma precisão cirúrgica, futebol é assim. O treinador Ney Franco em entrevista após o jogo chegou a dizer que se tivesse como pedir tempo o faria. Referindo-se à blitz aplicada pelo Corinthians na primeira etapa. O jogo que poderia ter virado para a segunda etapa com uma goleada corintiana, acabou virando com um empate em 1 a 1. No fim, nada melhor do que fechar o primeiro turno do campeonato quebrando um tabu e vencendo um de seus maiores rivais. E agora? Até onde esse time pode chegar?

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