Depois de 19 rodadas preocupados com outras competições, finalmente todos os clubes da primeira divisão poderão se concentrar apenas no Brasileirão. Com algumas ressalvas, como os clubes que participarão da Copa Sul-Americana e o Corinthians. Tite, treinador do time paulista, confirmou que a partir da terceira rodada do segundo turno irá poupar jogadores com o intuito de chegar com o time inteiro no Mundial. Foi noticiado que isso acontecerá principalmente contra os adversários mais fracos, pois o time titular precisa ajustar alguns detalhes e jogar de forma intensa para que chegue literalmente voando ao Japão. Abaixo você verá um resumo completo do que de melhor aconteceu no primeiro turno de um dos campeonatos mais disputados do mundo. Se tecnicamente não é um dos melhores, com certeza é um dos mais emocionantes e imprevisíveis, justamente pelos times serem mais ou menos do mesmo nível.
Clube Atlético Mineiro
Time base:
Treinador: Alex Stival (Cuca)
O Galo mineiro começou o Campeonato Brasileiro com uma vitória fora de casa contra a Ponte Preta, foi no sufoco, mas começar com uma vitória sempre dá moral. O time titular naquele jogo teve o hoje goleiro reserva, Giovanni Santos. O lateral-direito foi o uberabense Carlos César, conterrâneo deste que vos escreve. Ao lado de Réver, na defesa, jogou o contestado Rafael Marques, naquele dia Richarlyson foi o lateral-esquerdo. A dupla de volantes foi formada por Pierre e Dudu Cerense, Mancini (hoje no Bahia) e André (retornou ao Santos) também foram titulares. Marcos Rocha e Leonardo Silva, que atualmente são titulares, entraram durante o jogo. Na segunda rodada o Atlético pegou o time titular do Corinthians, que àquela altura só pensava na Libertadores. Com um time bem organizado por Cuca, o Galo aproveitou-se muito bem enquanto muitos clubes importantes estavam mais preocupados com a Copa do Brasil e com a Libertadores e conseguiu muitas vitórias. As chegadas de Ronaldinho e Victor aumentaram a qualidade do elenco que já tinha boa variedade. Victor chegou para resolver o problema do gol que sempre apavorou os torcedores atleticanos. Giovanni e o prata da casa Renan Ribeiro nunca tiveram a confiança da torcida, que contestava e muito esses goleiros após as constantes falhas.
Ronaldinho saiu do Flamengo pela porta dos fundos, jogador que chegou como grande astro, o craque que todo time brasileiro precisa, acabou virando um mico. Todos sabem que Ronaldinho não leva o futebol a sério há muitos anos, jogador que só quer saber de baladas. Todos os problemas ocorridos no Flamengo mostraram de forma cabal como não tinha comprometimento com o clube. Quando o Atlético Mineiro anunciou que tinha chegado a um acordo para ter o jogador, a grande massa foi a loucura. Que ele sabe jogar bola, que é craque ninguém discute, o problema era saber se ele realmente queria se comportar como um profissional. Aqueles torcedores mais coerentes não viam com bons olhos a chegada de Ronaldinho. Mas o tempo foi passando, as notícias de problemas extra-campo quase inexistem. Assim, o camisa 49 tornou-se uma peça importante no time mineiro. Não é protagonista como nos tempos de Barcelona, mas é um coadjuvante vital para que o filme atleticano termine com um final feliz. E para que isso aconteça, basta o time continuar jogando com a garra vista nesse primeiro turno. Marcos Rocha retornou do empréstimo ao América Mineiro muito bem, de longe o melhor lateral-direito do Brasileirão até aqui. Réver é um ótimo zagueiro, até por isso sempre figura nas convocações de Mano Menezes. Junior César é um lateral-esquerdo que faz muito bem seu papel defensivo, ainda que ofensivamente deixe muito a desejar.
No meio está um dos segredos deste time atleticano, Pierre e Leandro Donizete! Ambos aparecem pouco para a torcida, mas são importantíssimos no trabalho de destruir as jogadas adversárias. O primeiro é um marcador implacável, ainda que não tenha uma técnica apurada, faz seu papel com maestria. O segundo complementa e casa bem com o estilo cão-de-guarda do ex-jogador do Palmeiras. Leandro marca com a mesma competência de Pierre, mas com a pelota sob seu domínio sabe o que faz, tem bons recursos. No 4-2-3-1 de Cuca, Danilinho pela direita e o garoto Bernard pela esquerda infernizam as defesas adversárias com seus dribles e jogadas em velocidade. Ambos são incansáveis e sem a bola ajudam muito a defesa.
Para definir as jogadas e ficar enfiado no meio dos zagueiros adversários, Jô chegou do Internacional com muita desconfiança. Mas em pouco tempo e com gols acabou conquistando a torcida e Cuca. Como deu certo, hoje o jogador criado na base do Corinthians está muito bem, obrigado. Resta ao Galo seguir firme na busca de um título importante que há muitos anos não tem a honra de conquistar. Torcida, camisa e elenco o Galo tem de sobra. Porém, manter os 82.4 % de aproveitamento que o time tinha era mesmo impossível. Afinal, nos últimos anos os campeões brasileiros tiveram um aproveitamento inferior a 70 %.
Contudo, é bom abrir os olhos, pois o Atlético está caindo de produção, com o aproveitamento atual em 71.4 %. A queda era esperada, mas não de forma tão acentuada.
Será que dessa vez Cuca e Atlético Mineiro vão acabar com a sina que os perseguem? A resposta? Saberemos no dia 02/12/2012!
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