domingo, 5 de agosto de 2012

Fim da linha!


 


Pela primeira vez na história dos Jogos Olímpicos, a seleção brasileira de futebol feminino não chega ao menos na semifinal. O Brasil até não começou mal a partida, teve boa posse de bola, faltava aquele último toque mais incisivo, o famoso último passe. Passar pela boa defesa japonesa sendo um time arrumado e entrosado já é difícil, imagina sem tudo isso. Mas quem levou perigo primeiro foi o Japão, após cruzamento para a área brasileira, a defesa afastou, mas Shinobu Ohno pegou o rebote, deixou a defesa na saudade e arriscou um chute que Andreia pegou sem susto. Pouco depois quem assustou foi o Brasil, Rosana levantou a bola na área, Cristiane ganhou no alto e a bola sobrou limpa para Renata Costa, que perdeu um gol feito.


Jorge Barcellos surpreendeu ao adiantar um pouco Renata, que jogou muito mais como volante do que como zagueira. Quem devia jogar mais à frente seria a Érika, com muito mais qualidade técnica, talvez não perderia aquela chance. Após falta no meio-campo, Sawa cobrou rapidamente e pegou a defesa brasileira desprevenida e desarrumada. Yuki Ogimi saiu na cara do gol e não perdoou, tocando no canto esquerdo de Andreia, vacilo que custou caro! No segundo tempo, novo cruzamento de Rosana encontrou Cristiane na área, nossa matadora bem que ganhou no alto, mas a cabeçada foi por cima. Saindo da defesa com a bola dominada, Sameshima fez um lançamento longo, Ogimi ganhou de Bruna e lançou Ohno do outro lado, a japonesa teve frieza e muita qualidade para ainda limpar a defesa brasileira e acertar um belo chute no alto. 



Restando pouco mais de 15 minutos, ficou difícil para a seleção se recuperar, Marta esteve muito apagada nessas Olimpíadas, o Brasil precisava muito dela. Não adianta mais reclamar sobre a falta de planejamento, a preparação inadequada, a falta de apoio. Resta agora mudar essa realidade, refletir, consertar os maiores erros. Criar o Campeonato Brasileiro de Futebol Feminino, tratar esse esporte com dignidade e respeito. Sonho? Penso que não deveria ser assim, talento não nos falta! É triste saber que poderíamos muito mais e ficar com essa sensação de impotência que nos deprime. Renê Simões, ex-treinador da seleção feminina e um dos que mais ajudaram o futebol feminino brasileiro, opinou sobre o tema em seu blog no R7. Vale a pena ler, clicando aqui.


Veja como foi o jogo no Women's Soccer United!


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