quinta-feira, 26 de julho de 2012

Torneio Olímpico Masculino - Grupo B - Suíça


Depois de 84 anos a Suíça retorna aos Jogos Olímpicos, a última vez que o país participou foi em 1928, quando foi eliminada na primeira fase após sofrer um goleada de 4 a 0 contra os alemães. Mas foi quatro anos antes que a Suíça conseguiu sem melhor resultado em Olimpíadas, quando foi prata ao ser derrotada pelo Uruguai, que com o Bi em 28 passou a carregar a alcunha de Celeste Olímpica. Até hoje, o melhor que a Suíça conseguiu no futebol internacional foi o título do Mundial Sub-17 de 2009, disputado na Nigéria.Muitos jogadores presentes naquela seleção vão representar os helvéticos em Londres, por outro lado, alguns que foram peças de destaque nesse Mundial caíram de produção e nem fazem mais parte da seleção. 

Um dos bons exemplos é Nassim Ben Khalifa, o descendente de tunisianos se destacou bastante com a camisa dez, marcou quatro gols no Mundial. Perdendo a artilharia para seu companheiro de seleção, o descendente de bósnios Haris Seferovic. Khalifa não conseguiu se firmar no futebol alemão, foi emprestado algumas vezes pelo Wolfsburg, não agradou e acabou retornando para o clube que o revelou, o Grasshoppers. Curiosamente, Seferovic também é cria dos Gafanhotos, mas seu destino foi o futebol italiano. Seus direitos pertencem a Fiorentina, que já o emprestou para Lecce e Neuchâtel Xamax, na temporada 2012/1013 terá a tão esperada chance de ser mais utilizado na Viola

Como você pode perceber, exitem muitos descendentes de países eslavos, principalmente fugidos de todas as guerras da antiga Iugoslávia. Muito deles migraram principalmente para Suíça e Suécia, aquela região historicamente sempre revelou grande jogadores. Alguns exemplos claros são Zlatan Ibrahimovic, Granit Xhaka e Xherdan Shaqiri. O primeiro é craque da seleção nórdica e acaba de se transferir para Paris saint-Germain, clube cheio de grana dos sheiks do Catar. Xhaka era o melhor articulador do time campeão em 2009, com a camisa onze, esbanjava categoria colocando a bola com qualidade onde tivesse vontade. Shaqiri, uma ano mais velho, se destacou mesmo foi no vice-campeonato do europeu Sub-21, quando os helvéticos foram derrotados por 2 a 0 pela Espanha. 


Curiosamente, os dois são canhotos, promessas de craques, principalmente Shaqiri, que acaba de se transferir para o Bayern. Xhaka também seguiu um caminho parecido, fechou com o tradicional e agora ascendente Borussia Monchengladbach. Inicialmente os dois eram nomes certos na lista para os Jogos Olímpicos. Shaqiri não chegou a ser convocado pois o Bayern não aceitou liberá-lo, exigindo que ele participasse da pré-temporada com o clube alemão para já ir se ambientando e conhecendo os colegas de time. Xhaka chegou a ser convocado, mas o Monchengladbach também não o liberou para disputar os jogos em Londres. Sendo assim, o time que entraria como moral chega mais enfraquecido do que todos imaginavam.
As duas jóias suíças, são descendentes de kosovares, o Kosovo é o último país que ainda precisa conseguir se ver livre do domínio sérvio. Os problemas étnicos e religiosos ainda assolam aquela região dos balcãs. Sem os dois, a grande responsabilidade recai nas costas e nos pés de Admir Mehmeti, Pajtim Kasami, Fabian Frei e Fabio Daprelà. O primeiro é descendente de macedônios e recentemente foi negociado com o Dynamo de Kiev, da Ucrânia. Assim como o segundo, que já jogou no Sub-18 de Liverpool e Lazio, se destacou de forma razoável no Palermo e já vai para sua segunda temporada pelo inglês Fulham. Frei não tem nenhum parentesco com o artilheiro Alexander Frei, que é o maior artilheiro da história da seleção da Suíça. Daprelà, como o nome sugere, descende de italianos, lateral-esquerdo, sabe jogar no miolo de zaga se for preciso. Passou pelo West Ham e já vai para sua terceira temporada no Brescia, da Itália.

Para ajudar os mais jovens, o treinador Pierluigi Tami convocou o goleiro titular da seleção principal, Diego Benaglio. Os outros dois acima dos 23 anos são o zagueirão Timm Klose e o meia Valon Behrami, outro que veio do Kosovo. Inclusive já deu declarações esperançosas com relação ao seu país, que já possui certa autonomia, mas não é considerado um país de fato. A maioria dos países europeus ou não, já aprovam o Kosovo. Países importantes como Espanha e Rússia votaram contra a independência do país porque também possuem regiões dentro de seu território que pretendem o mesmo. Para ficar em alguns exemplos, Daguestão e Chechênia na Rússia, País Basco e Catalunha na Espanha. 

E para você que percebeu muito sangue eslavo debaixo da camisa vermelha da Suíça, se surpreenderá ainda mais ao saber que tem sangue sul-americano e africano em campo. O lateral esquerdo Ricardo Rodríguez é descendente de chilenos, demonstra ser bom nas subidas ao ataque, joga no Wolfsburg, da Alemanha. O camisa sete Innocent Emeghara é nigeriano, nasceu em Lagos, depois de seis anos na Suíça, acabou se naturalizando, hoje defende o francês Lorient. Com todos os problemas, jogadores não liberados, outros que não rendem como o esperado, ainda assim em um grupo com Gabão, Coréia do Sul e México, tem boas chances de se classificar. Discorda? Dê sua opinião!

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