terça-feira, 31 de julho de 2012

Torneio Olímpico Feminino - Consolidações e Recuperações



Grupo E

Depois de sofrer muito para vencer a Nova Zelândia na primeira rodada, a Grã-Bretanha goleou a seleção camaronesa, como já era esperado. O jogo contra o país da Oceania foi muito truncado, pois as neozelandesas são organizadas principalmente na defesa. E quando com a bola rolando ás vezes o jogo não flui como os jogadoras esperam, uma jogada parada pode resolver tudo. Foi assim que o time britânico venceu o enjoado time neozelandês. Conseguiram o gol da vitória aos 18' do segundo tempo, em uma bela cobrança de falta da lateral Stephanie Houghton. Jenny Bindon bem que tentou, mas não conseguiu chegar na bola, que morreu em seu canto direito. 
Contra Camarões, as britânicas poderiam ter vencido por um placar bem maior do que o 3 a 0 final. Apenas aos 17 minutos saiu o primeiro gol das anfitriãs, com Casey Stoney, aproveitando longo lançamento, tocou para o fundo do gol de Anette Ngo Ndom. Cinco minutos depois saiu aquele que pode ser considerado um dos gols mais bonitos dos Jogos Olímpicos. Tocando a bola de pé em pé, a Grã-Bretanha envolveu o ingênuo time africano. Kelly Smith lançou Little na área, a escocesa deu um lindo toque de calcanhar para Jill Scott sair na cara do gol e definir com maestria, lembrando que ela é considerada a Steven Gerrard do futebol feminino. 

Com dois a zero no placar e sem sofrer nenhum risco. As britânicas passaram a controlar o jogo, o ritmo caiu bruscamente, no fim, Houghton com um belo chute de fora da área definiu a vitória. O último jogo da chave, contra o Brasil, servirá apenas para definir quem fica com a primeira colocação. As neozelandesas ainda possuem chances de classificação, desde que goleiem Camarões e Canadá e Coréia do Norte não vençam Suécia e Estados Unidos, respectivamente. As norte-coreanas estão com saldo de -3, as canadenses têm saldo 2 e a Nova Zelândia tem saldo de -2. Precisa vencer as camaronesas por 5 a 0 e torcer para as canadenses não marcarem nenhum gol. Assim as três seleções terminariam com três pontos, a Nova Zelândia levaria a vaga por um golzinho. Mas vai ser muito difícil isso acontecer, como esse esporte se chama futebol, melhor esperar e ver o que acontece.


Grupo F

Japão e Suécia notadamente são as duas maiores forças dessa chave, em 2011 se enfrentaram nas semifinais da Copa do Mundo, onde o Japão venceu por 3 a 1 sem sustos. Vacinadas, as suecas entraram mais cautelosas para essa peleja. Até dominaram boa parte do primeiro tempo, Homare Sawa era muito bem marcada, o que dificultava a criação japonesa. No segundo tempo as japonesas foram ligeiramente melhor, mesmo não tendo nenhuma chance clara de gol. No fim o empate por 0 a 0 acabou sendo justo e manteve as duas equipes em boas condições para a classificação. Um empate contra o Canadá já garante a seleção da Escandinávia nas quartas. O Japão pega a fraca seleção da África do Sul, deve vencer sem dificuldades, até mesmo goleando. 


O Canadá se recuperou bem da derrota na estreia contra as japonesas, vencendo a frágil seleção sul-africana por 3 a 0. Melissa Tancredi e a matadora Christine Sinclair fizeram os gols que deixaram a equipe canadense em boas condições para a classificação. O treinador britânico John Herdman, acertadamente colocou Karina LeBlanc titular no gol, substituindo a fraca e insegura Erin McLeod. Outra mudança significativa foi a entrada de Robyn Gayle na vaga da Candace Chapman, que sentiu uma lesão na panturrilha. Lembrando que com Herdman, Chapman tem jogado de zagueira, com sua contusão, Gayle entrou para formar a dupla com Carmelina Moscato. De forma inexplicável a habitual titular, Emily Zurrer está esquentando o banco. Quem está se dando bem jogando pelo lado esquerdo é a musa Laure Sesselmann, que ao menos na marcação tem se mostrado bem eficaz! Sesselmann veste a camisa dez, apesar de estar atuando na defesa, sabe jogar como atacante. Contra a Suécia, as canadenses só dependem delas para conseguir a classificação. Em caso de derrota, terão que torcer para Coréia do Norte e Nova Zelândia não vencerem.


Grupo G

No jogo mais esperado do início deste Jogos Olímpicos, Estados Unidos e França não decepcionaram quem gosta de bom futebol e muitos gols. Com muita garra, as francesas entraram determinadas a vencer as favoritas de sempre. Depois de estarem vencendo por 2 a 0 e tomarem a virada para 4 a 2, restava a elas a recuperação no jogo seguinte, contra a Coréia do Norte. E a goleada por 5 a 0 contra as asiáticas foi uma demonstração de força, de que ali há futebol para voos mais altos. Sendo assim, a França está com a faca e o queijo na mão, dificilmente não vencerá a Colômbia. E é pouco provável que a Coréia do Norte consiga algum resultado melhor que uma derrota contra as americanas. A França tem um time forte, baseada no time campeão europeu, com entrosamento e peças das mais variadas características, trata-se de um time forte.


Com duas vitórias consistentes e convincentes, os Estados Unidos até o momento deitam e rolam no Torneio Olímpico de futebol feminino. Carli Lloyd sempre leva perigo com seus potentes chutes de longa distância, Wambach é a Marta do cabeceio, Cheney arma muito bem as jogadas, Rapinoe herdou a vaga de Krieger, que com uma contusão no joelho ficou fora, mas a loirinha dá conta do recado, com sua velocidade e dribles curtos inferniza pelos flancos. Tem a ótima zagueira Rampone, que ao seu lado tem a atabalhoada, porém esforçada, Rachel Buehler. A cereja do bolo não poderia ser outra que não Alex Morgan, a super gata bate um bolão. Com o perdão do trocadilho, a beleza dessa jogadora fica em segundo plano, quando se percebe o grande futebol que joga. Contra o Coréia do Norte talvez Pia Sundhage teste algumas alternativas já pensando nas fases derradeiras da competição.

Veja a tabela completa e os horários dos jogos aqui.



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