sexta-feira, 8 de junho de 2012

Euro 2012 - Irlanda


A Irlanda disputará a Eurocopa pela segunda vez em sua história, a primeira foi em 1988, quando não passou da primeira fase. Ficou atrás de União Soviética e Holanda, ao menos deixou a Inglaterra na lanterna do grupo. O ataque dos The Boys in Green (Os rapazes de Verde) tinha Anthony Cascarino e o gradalhão Niall Quinn, que começava sua carreira na seleção. Tony, que recentemente perdeu o posto de maior goleador da seleção para Robbie Keane fazia gols de todo jeito. Quinn se notabilizava mais pelas jogadas aéreas, os lançamentos para suas casquinhas de cabeça eram tônica, tornando os jogos chatos. Depois de muitos anos no ostracismo, os irlandeses se recuperaram quando contrataram o italiano Giovanni Trapattoni, este senhor de 73 anos foi um bom zagueiro e faz um trabalho notável com a Irlanda. Que só não se classificou para o último mundial porque a arbitragem não viu Thierry Henry dominar a bola com o braço antes de fazer o cruzamento que culminou no gol de William Gallas.

Depois do trauma, Trapattoni decidiu continuar no comando e o bom trabalho seguiu de vento em popa.
Tanto é que só perderam um jogo nas eliminatórias para Euro Polônia/Ucrânia, justamente para os russos, que se classificaram direto. Na repescagem pegaram a Estônia, que já havia surpreendido ao eliminar a Sérvia, e parecia que os estonianos já tinham feito o máximo. Não só parecia como que ficou bem claro após perderem o primeiro jogo em casa por 4 a 0, na volta em Dublin, a Irlanda controlou o jogo como quis e o empate em 1 a 1 ficou de bom tamanho. O brilho mais latente da seleção irlandesa foi na Copa de 2002, no Japão e na Coreia do Sul. Classificaram-se na segunda colocação do grupo E, que tinha Alemanha, Camarões e Arábia Saudita. Caíram nas oitavas contra a Espanha, dificultaram bastante o jogo que foi decidido apenas nos pênaltis. 

Aquele time tinha bons zagueiros, Steve Staunton, Kenny Cunningham, Gary Breen e Richard Dunne. Steve Finnan muito bem pela direita, pela esquerda Ian Harte era perigoso com seus chutes venenosos. E fazer faltas perto da área não eram boa ideia, pois ele batia bem demais na pelota. No meio o jogador mais conhecido do país, Roy Keane, que aliava boa técnica com uma boa dose de violência. Jason McAteer jogou muito naquele mundial, hoje um camisa 7 como ele seria muito útil. Matt Holland e Kevin Kilbane também era muito importantes naquele time. Que tinha ainda o descendente de jamaicanos, Steven Reid, que entrava e aprontava uma correria pela direita. Mark Kinsella e Lee Carsley eram outra opções no banco. Na época Robbie Keane, que não é parente Roy, estava jogando muito! Suas jogadas em velocidade deixavam os zagueiros adversários irritados, o que facilitava para que fossem driblados.

O canhoto Damien Duff, infernizava com seus dribles curtos e infiltrações em velocidade pelo meio da zaga. Se Robbie Keane não tinha reservas do mesmo nível, ao menos jogadores com características parecidas estavam disponíveis. Clint Morrison e David Connolly estavam sempre alertas para entrar e modificar o plano tático. Lá na frente, brigando no meio dos zagueiros, Quinn fazia seus golzinhos de cabeça. No time atual, que é inferior ao de 2002 em qualidade, ainda tem Shay Given intocável debaixo das traves. O goleirão irlandês foi bastante sacaneado no Manchester City. A Inglaterra sofria com seus goleiros falhando sucessivamente, então o treinador Fabio Capello pediu ao City que desse mais rodagem ao promissor Joe Hart, que hoje é o titular na meta inglesa. Com isso Given ficou sem espaço e acabou se transferindo para o Aston Villa, onde é titular de forma absoluta. O jogador é muito querido por todos no país, tem mais de 100 convocações para seleção.

Ainda hoje, Duff e Keane são as principais armas ofensivas do pequeno país, mais velhos não são mais os mesmos de outrora. Um bom nome para o setor de meio-campo é o baixinho Aiden McGeady, que se destaca pela habilidade na arte de driblar. Geralmente jogadores irlandeses costumam se destacar mais pela violência e brutalidade. Dois jogadores acabaram cortados por lesão, Kevin Foley e Keith Fahey não se recuperaram à tempo e foram substituídos por Paul McShane e Paul Green. A defesa nesse europeu deve ser formada por Sean St. Ledger, Richard Dunne, Steve Ward e John O'Shea. O ex-jogador do Manchester United é versátil e pode atuar nas duas laterais, na zaga ou no meio. Caso um dos laterais tenha algum problema físico, Stephen Kelly e Darren O'Dea são opções de bom nível. A dupla de volantes será formada por Glenn Whelan e Keith Andrews, ambos com bons reservas, Darron Gibson, ex-United e Steve Hunt, meia canhoto capaz de construir boas jogadas. 

Quando Robbie Keane se transferiu para o futebol dos Estados Unidos muitos pensaram que ele só queria grana e que ia se divertir por lá. Os novos ares fizeram bem ao atacante do LA Galaxy, que voltou a jogar bem. Hoje em dia joga mais recuado, o encarregado de brigar com os zagueiros é o limitado Kevin Doyle. Seus reservas são os também pouco técnicos Shane Long e Jon Walters. O inglês Simon Cox está no grupo  mas nem titular no West Bromwich consegue ser. A outra opção ofensiva é James McClean, que chama mais atenção pela polêmica de ter nascido na Irlanda do Norte e ter escolhido a Irlanda. Que o time é limitado ninguém duvida, mas que é duro de ser batido, ah é!

Divirta-se com a peripécias de Robbie Keane:





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