domingo, 8 de janeiro de 2012

Ferencváros - O Gigante Adormecido!




Interessante ver que no elenco do Ferencváros da Hungria, tem um japonês que perambulou por vários clubes do país que outrora foi uma grande potência no futebol. Trata-se de Kazuo Homma, já com seus 31 anos. A carreira dele é bem fora dos padrões, futebol tem histórias ricas que valem a pena contar. Ah, tem também o brasileiro Felipe Félix, gigante de 1,97, que apesar de ter sido revelado pelo Criciúma é pouco conhecido no Brasil, jogou em muitos clubes nas divisões inferiores de Portugal, jogou na Rússia, no Azerbaijão, por meio do futebol a pessoa tem privilégios, entre eles conhecer as mais diversificadas culturas. O clube húngaro não para por aí, quando o assunto é chamar atenção. Com certeza não é muito habitual ter um atacante chinês de 1,96 em seu elenco. Men Yang tem apenas 21 anos, e se não der na técnica, vai na força e na cabeçada mano! 

Se você acha que a "bizarrice" acabou, no elenco das Águias Verdes tem dois jogadores de Malta, um da Somália e até um canadense. Toda essa diversidade não é capaz de trazer de volta, fazer o monstro verde retornar aos dias de glória. Afinal de contas, estamos falando de um clube que já conquistou 28 vezes a primeira divisão húngara, faturou por 20 vezes a Copa do país, venceu também a Supercopa da Hungria quatro vezes. Para um clube que já teve Sándor Kocsis - um dos maiores cabeceadores que o futebol já viu - que em 68 jogos com a camisa da seleção, conseguiu a fodástica marca de 75 gols! Mito! Isso para não falar em László Kubala, ao lado de Alfredo Di Stéfano, é um dos poucos que defenderam três nações diferentes. No caso, ele defendeu a antiga tchecoslováquia, por possuir ascêndencia tcheca, afinal sua mãe era de lá. Seu pai era de origem polonesa, Kuksi defendeu ainda Hungria, Espanha e a seleção da Catalunha, não reconhecida pela Fifa. 

Para se ter uma idéia da importância de Kubala, numa eleição feita entre os torcedores do Barcelona, foi eleito o maior jogador dos primeiros cem anos do clube. Deixando para trás gênios e craques como Johan Cruijff, Ronald Koeman, Bernd Schuster e Hristo Stoitchkov. Os 131 gols de Kubala em 186 partidas pelo Barça falam por si, foram 13 anos com a camisa culé. É um dos grandes mitos do futebol que não teve a glória de disputar uma Copa do Mundo, fica um grande exemplo para aqueles que acham que um jogador para entrar na galeria dos grandes astros desse fabuloso esporte precisa se destacar numa Copa. A obra é maior, talento não tem preço! Se Homma e Yang hoje não assustam os adversários, Kocsis e Kubala com certeza impunham um grande respeito. E que um dia o país de Ferenc Puskas - Deus o tenha - volte aos dias de glória. Com certeza aqueles que viram a Hungria encantar o mundo do final dos anos 40 e por toda a década de 50 entendem porque a final da Copa de 1954 ficou conhecida como: O MILAGRE DE BERNA!



Nenhum comentário:

Postar um comentário